Esta semana me submeti a mais uma ressonância magnética nesta minha vida de mais de 60 anos. Apesar do contratempo preferi fazer o exame cedo, lá pelas 7h30 da manhã. Não tenho do que reclamar. Afinal, disponho de plano de saúde e a clínica fica do outro lado da rua do prédio onde trabalho.

Chato mesmo é responder aquele questionário detalhado que incluiu perguntas sobre o uso de marca-passo ou dentadura, se fiz tatuagem ou se faço acupuntura e muitos outros detalhes. Detalhe: os questionamentos são feitos na hora da marcação da consulta (feita por telefone), repetidos na chegada à clínica e, é claro, mais uma vez momentos antes do exame propriamente dito.

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Me considero um felizardo por não ter problemas de ficar amarrado sob uma maca, bem quietinho e com as mãos sobre o peito para deslizar lentamente para dentro daquele túnel branco usando fones para abafar os estampidos da máquina. Também não sofro de claustrofobia, o medo que tortura pessoas com problema de permanecer em ambientes fechados ou com pouca circulação de ar ou salas pequenas ou mesmo no transporte coletivo.

Minha lesão ocorreu durante um evento ocorrido no feriadão de Nossa Senhora dos Navegantes/Iemanjá. Estava no litoral para comemorar o aniversário da minha filha. Ficamos em um grande grupo por horas à beira-mar. O dia estava perfeito: sol a pleno, vento agradável, água clarinha e cálida e, de quebra, uma parceria dos amigos era da melhor qualidade. De quebra, uma cerveja gelada e alguns salgadinhos.

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Um sobrinho – Felipe Jost – de seis anos, corria faceiro barbaridade pelas areias e, em determinado momento, me provocou para um banho de mar. Para mim, trata-se de um convite irresistível.

O piá disparou água adentro e saí atrás a toda velocidade. A (péssima) ideia foi suficiente para provocar uma fisgada muito forte no músculo posterior da coxa. O incidente me obriga a caminhar mancando, mesmo depois de uma consulta realizada através da troca de áudios feita com um médico amigo usando a modernidade do WhatsApp.

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Tenho dificuldade para caminhar, mas a ressonância magnética deve revelar a gravidade da lesão e o tipo de tratamento a ser adotado. Além do incômodo de andar mancando tive que  ouvir a gozação do meu filho, um debochado jornalista que adora tirar um sarro deste velho.

– Pai, tu precisa te convencer de uma coisa. Estás numa idade em que tu precisa fazer alongamento e aquecimento até para cevar um chimarrão… imagina entrar correndo no mar! – me disse o guri despeitado.

Achei exagero, mas depois de rir, refleti sobre o chiste disparado. Apesar de caminhar todos os dias, em média por uma hora, e fazer aulas semanais de ginástica para fortalecer a coluna, preciso lembrar que meu problema é DNA: data de nascimento antiga.

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Guilherme Andriolo

Nascido em 2005 em Santa Cruz do Sul, ingressou como estagiário no Portal Gaz logo no primeiro semestre de faculdade e desde então auxilia na produção de conteúdos multimídia.

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