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Quem são os candidatos a prefeito de Santa Cruz na visão de quem os conhece

Na reta final da campanha, a Gazeta do Sul solicitou aos prefeituráveis que indicassem uma pessoa que os conhecesse bem e fosse capaz de dar um breve relato sobre por que eles merecem ser eleitos e por que têm condições de fazer um bom governo. O único critério imposto foi de que o indicado não fosse candidato a nenhum cargo nesta eleição. Os depoimentos foram coletados ao longo desta semana.

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“Ele tem muita vontade”

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Muito antes de se tornarem colegas na Câmara de Vereadores, o empresário Hildo Ney Caspary conheceu Alex Knak quando ele era ainda um adolescente e colega de suas filhas no Colégio Mauá. Como era presidente da mantenedora da escola à época, o contato era regular. “E nunca houve nada que o desabonasse”, falou.

Mais tarde, passou a acompanhar o seu trabalho na política, primeiro como secretário municipal de Transportes e depois como parlamentar. Conforme Hildo Ney, foram essas experiências que geraram a sua admiração pelo hoje prefeiturável. “Toda a comunidade pôde sentir as melhorias implantadas por ele enquanto secretário. Melhorou a mobilidade urbana, implantou ciclovias, conseguiu licitar o transporte coletivo que estava em litígio há 21 anos. E como vereador, continuou a surpreender.”

Já este ano, Hildo Ney tomou uma decisão incomum: deixou de apoiar a candidata do seu próprio partido, o PP, e ficou ao lado de Alex na campanha, chegando inclusive a colocar-se à disposição para ser seu vice. “Nada contra as pessoas do meu partido, mas eu entendo que o Alex é o melhor. Eu coloco primeiro Santa Cruz, depois o meu partido”, disse. Para o progressista, a “energia” de Alex é o que lhe garante a convicção do voto. “Ele tem muita vontade de ser prefeito, de fazer carreira e de fazer as coisas acontecerem. Ele protagoniza as coisas”, conclui.

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“É um conceito diferente de fazer política”

Foi a indignação com os rumos da política local e nacional que levou o engenheiro agrônomo aposentado Luiz Fernando Gerhardt a se aproximar do Novo. Após assistir a uma palestra sobre os princípios e propostas do partido, convenceu-se de que ali residia uma alternativa real ao que todas as demais siglas praticam. Bandeiras como a do combate aos privilégios e o não uso de recursos públicos em campanhas estimularam que ele abraçasse a causa e se filiasse.

Gerhardt diz conhecer Carlos Eurico Pereira de longa data. “Chegamos a jogar tênis juntos”, relembra. Foi por meio do Novo, porém, que os dois se aproximaram e Gerhardt passou a admirar as suas ideias e a sua postura. “Ele tem um conhecimento muito amplo em todas as áreas. É médico, tem experiência técnica e uma bagagem de vida. Está bastante focado e buscando mais tecnologia para todos os setores”, relata.

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Dada a sua experiência na área de extensão rural, Gerhardt ajudou a elaborar o plano de governo e tem sido ativo na campanha. Para ele, a forte expectativa se dá justamente em função das propostas do Novo e do fato de os integrantes serem todos “ficha limpa”. “O que buscamos é simplificação, diminuir a burocracia, melhorar a informatização e reduzir a carga tributária. É um conceito diferente de fazer política e tenho convicção de que algo novo vai acontecer”, disse.

“Ele sempre falou que queria mudar o mundo”

Na condição de primeira professora de Frederico de Barros, Marisa Oliveira acompanhou de perto o futuro candidato a prefeito dos 4 aos 6 anos de idade. Convicta de que é na infância que se constroem as concepções de sociedade e defensora de um modelo de educação que desperte a capacidade de questionamento, ela garante que desde cedo identificou nele o espírito crítico. “Ele sempre foi uma criança extremamente sensível e solidária. Era observador, inteligente e curioso. E sempre falou que queria mudar o mundo”, recorda.

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Mesmo fora da sala de aula, Marisa manteve contato com a família e assistiu à sua trajetória, chegando a comparecer à sua formatura em Jornalismo. Para ela, as escolhas e a postura de Frederico ao longo da vida atestam o seu perfil propositivo e a sua consciência política. “Ele escolheu ser jornalista, participou do movimento estudantil, entrou no PT e se esforçou pela renovação no partido. Por isso, sempre acreditei no potencial dele e tenho certeza que Santa Cruz vai mudar para melhor”, disse.

Ainda segundo Marisa, a conduta de Frederico no decorrer da campanha e as ideias que vem defendendo só reforçaram a sua convicção. “Vejo que ele continua aquele menino respeitoso e questionador. É firme, sem perder a ternura.”

“Confio plenamente nela”

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A relação entre Helena Hermany e Seli Flesch remonta a 1978, quando a então jovem professora do Colégio Sagrado Coração de Jesus recebeu, entre os alunos de sua primeira turma de maternal, Ricardo, filho mais velho da hoje candidata à Prefeitura. Ali nasceu um contato que logo se transformaria em amizade duradoura e, mais recentemente, em parceria política.

Para Seli, pequenos gestos que acompanhou ao longo dos anos são reveladores sobre o perfil de Helena. “Quando eu ainda era professora, morava em frente a uma padaria. E toda vez que a Helena ia nessa padaria, ela comprava alguma coisinha para mim e batia na minha casa para entregar”, recorda. Um dos aspectos que mais admira na prefeiturável, aliás, é justamente a forma como trata as pessoas e a sua trajetória na área social. “Para um gestor público não basta governar, ele tem que se envolver. E ela conhece as pessoas, ela vai aos bairros, sabe das necessidades”, diz.

Em 2016, as duas se viram em uma situação inusitada: concorriam em chapas adversárias ao mesmo cargo. “Mas eu nunca ouvi dela uma palavra grosseira ou um gesto de agressividade. Isso provocou um encantamento em mim. Confio plenamente nela”, relata.

O fato de Helena já ter passado por diversas funções na administração pública e a sua condição de “ficha limpa” reforçam a convicção. Outro aspecto é o apoio familiar. “Eu adoraria ter uma família que me apoiasse como ela tem. Porque família é o nosso ninho.”

“Não tem rabo preso com ninguém”

Foi na década de 1990 que o empresário Sérgio Bock começou a prestar atenção nas ideias de Irton Marx, que à época obtinha visibilidade em âmbito nacional por liderar um movimento que defende o desmembramento do Rio Grande do Sul do restante do país. Atraído pelo projeto, tornou-se um militante do separatismo e decidiu assinar o jornal O Estado Gaúcho, que era editado por Irton.

A relação entre os dois nasceu em conversas que tinham quando Irton entregava pessoalmente as edições do semanário em sua casa. Passou, então, a admirar o pensamento do hoje candidato a prefeito. “Ele é uma enciclopédia. É um cara que conhece e tem uma visão muito interessante sobre as coisas”, conta. A afinidade foi tamanha que Irton chegou a participar de alguns jantares da família de Bock. Já este ano, o empresário chegou a ser sondado para ser seu vice na chapa.

Para ele, no entanto, as vivências de Irton o credenciam a fazer uma boa gestão. “Ele já foi do comércio, já foi da indústria, trouxe coisas boas como vereador. Certamente tem muito mais capacidade de administrar a Prefeitura do que qualquer um que está aí”, afirmou. Outra característica fundamental, na sua opinião, é a integridade. “Vejo ele como um cara corretíssimo. Não tem rabo preso com ninguém.” Apesar de Irton estar em desvantagem nas pesquisas, Bock confia que ele herdará votos de indecisos na reta final. “Acho que ele vai surpreender”, aposta.

“Jamais vai mexer no que não é dele”

O empresário Nestor Bertram põe a mão no fogo pelo filho Mathias: “Jamais ele vai mexer no que não é dele. Isso é algo que eu ensinei para eles: honestidade em primeiro lugar.”

Foi ainda na infância e juventude que Nestor começou a notar no terceiro de seus quatro herdeiros traços de um espírito de liderança. “Ele era sempre o líder da turma. Quando alguma coisa precisava ser feita, sempre ele puxava a frente”, conta.

Apesar disso, surpreendeu ao pai a decisão tomada por ele há quatro anos de concorrer a vereador. Isso porque, além de a família não possuir histórico de atuação partidária, as práticas da política tradicional causavam uma certa repulsa.

O “susto” se repetiu este ano, quando ele anunciou que disputaria a Prefeitura. Segundo Nestor, o conselho dado ao filho foi apenas um: se eleito, governar o município ouvindo as pessoas. “Eu não concordo que ninguém consiga falar com o prefeito. Não pode ser um governo de uma pessoa só. Por isso eu disse: ‘se tu te elegeres, não governa atrás da parede’.”

Para Nestor, duas características são marcantes em Mathias. Primeiro, a criatividade. Segundo, a persistência com que defende as suas ideias. “Ele é muito firme nas opiniões. Bate de frente quando precisa e sempre foi assim na nossa empresa. Mas ele tem uma visão de futuro, tanto que na maioria das vezes a gente acaba dando razão para ele”, reconhece.

“Não coloca a política acima de tudo”

A caminhada política que levou à candidatura de Jaqueline Marques à sucessão do prefeito Telmo Kirst (PSD) este ano iniciou em 2016, quando ela, que até então nunca havia ocupado um cargo público, foi convidada por ele a assumir a Secretaria Municipal de Educação. Nos últimos anos, Jaqueline se aproximou de Telmo e tornou-se uma de suas mais fiéis aliadas. O prefeito também foi presente ao longo de sua campanha e Jaque apostou na valorização de seu legado como estratégia principal.

Telmo conheceu Jaqueline quando ela ainda atuava no setor privado. “E tinha informações da excelente estudante que foi”, relata. Conforme ele, esse perfil foi fundamental para a sua decisão de incorporá-la ao primeiro escalão do governo à época.

Admirador pela gestão de Jaqueline na Educação, que durou mais de quatro anos, Telmo diz considerá-la um “exemplo de gestora”. “É disciplinada e focada na busca de objetivo. Ela também aprendeu muito no governo. E, principalmente, não coloca a política, como outros colocam, acima de tudo.”

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