Ao menos 12 partidos pretendem lançar candidatos do Vale do Rio Pardo nas eleições deste ano. O fechamento das nominatas, no entanto, ainda depende de definições acerca da formação de federações e de trocas de siglas, o que deve ocorrer entre março e abril. A votação está marcada para 2 de outubro.
Aprovadas na reforma eleitoral do ano passado, as federações partidárias são um mecanismo por meio do qual os partidos poderão se unir tanto para as eleições majoritárias (presidente, governador, senador e prefeito) quanto para as proporcionais (deputado federal, deputado estadual e senador). Diferentemente das coligações, que foram proibidas em 2017 para os pleitos proporcionais, as federações terão caráter permanente: não poderão ser desfeitas após a eleição e as siglas terão que permanecer associadas durante todo o mandato, sob pena de receberem sanções.
Entre as federações que estão sendo negociadas, uma envolveria PSDB e Cidadania e outra, PT e PSB – as quatro legendas pretendem ter representação regional na eleição. O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda deve definir se as federações são regulares e bater o martelo quanto ao prazo para a formação das uniões, que seria 31 de março, mas as legendas pedem que seja estendido até agosto.
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Outro ponto que pode influenciar na decisão quanto às candidaturas é a chamada “janela partidária”, período entre 3 de março e 1º de abril em que deputados poderão trocar de partido sem perder o mandato. A data-limite para que os candidatos estejam filiados é 2 de abril.
Na região, a única sigla que não tem planos de contar com candidatos próprios neste ano é o PP. O período de convenções, quando são formalizadas as candidaturas, vai de 20 de julho a 5 de agosto, enquanto a campanha começa oficialmente no dia 16 de agosto.
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O partido, que mantém representação local na Assembleia e na Câmara há vários anos, vai lançar o deputado federal Marcelo Moraes e a deputada estadual Kelly Moraes a reeleição. A única indefinição envolve o ex-deputado federal Sérgio Moraes, que admitiu a possibilidade de concorrer novamente este ano e já foi citado como um possível nome para vice na chapa de Luis Carlos Heinze (PP), pré-candidato a governador. Sérgio, porém, também é apontado como uma possibilidade para o Senado.
O partido da prefeita de Santa Cruz, Helena Hermany, já decidiu não lançar nomes locais neste ano e oferecer apoio à reeleição de Pedro Westphalen para a Câmara Federal e de Marcus Vinicius Vieira de Almeida para a Assembleia Legislativa. Ambos são próximos à ala progressista liderada pela família Hermany, que também já garantiu apoio à ex-senadora Ana Amélia Lemos. Ana Amélia deve deixar o PP em breve para concorrer ao Senado por outra sigla. Pela Região Centro-Serra, Adolfo Brito, um dos veteranos da Assembleia, buscará o oitavo mandato.
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A situação na sigla, que mantém representação regional na Assembleia há mais de uma década, ainda é incerta. Com a provável indicação de Edson Brum para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), o prefeito de Rio Pardo e irmão de Edson, Edivilson Brum, pode concorrer a deputado estadual. Edson, porém, já avisou que será candidato novamente caso não se confirme a sua ida para o TCE. Outra candidatura que vinha sendo defendida na região, a do comandante regional da Brigada Militar, Valmir José dos Reis, perdeu força com o anúncio, na semana passada, de que ele irá assumir a Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana de Santa Cruz no dia 10. Já o ex-vereador Alex Knak, também cotado para estadual, diz que a decisão só será tomada após as prévias que o MDB realizará para definir seu candidato a governador.
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O partido tem fechada a sua nominata para a eleição. Além de Heitor Schuch, que tentará o terceiro mandato na Câmara Federal, serão três nomes para a Assembleia: o ex-prefeito de Candelária Paulo Butzge, o ex-prefeito de Venâncio Aires Giovane Wickert e o professor universitário Fabiano Dupont, que concorreu a prefeito de Santa Cruz em 2016 e a vice-prefeito em 2020.
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A sigla tem confirmadas as candidaturas do ex-prefeito de Venâncio Aires Airton Artus a deputado estadual e do médico Felipe Esposito, suplente de vereador em Santa Cruz, a deputado federal. O presidente da sigla em Santa Cruz, Wagner Machado, diz que ainda está em análise a possibilidade de um candidato do município à Assembleia.
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Após colocar seu nome à disposição no ano passado, o vice-prefeito de Santa Cruz, Elstor Desbessell, confirmou estar inclinado a desistir de concorrer a deputado estadual. Com isso, o candidato da sigla do presidente Jair Bolsonaro na região pode ser o vice-prefeito de Sinimbu, Jackson Rabuske. Para deputado federal, a sigla deve apoiar a reeleição de Giovani Cherini.
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Lançada pelo partido ainda no ano passado, a vereadora de Santa Cruz Bruna Molz segue com intenção de concorrer a deputada estadual, embora alegue que a decisão será tomada apenas em abril. Em Rio Pardo, a enfermeira e ex-vereadora Vera Lúcia Ferreira anunciou candidatura a deputada federal.
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Embora tenha manifestado no ano passado intenção de lançar uma dobradinha local, a discussão ainda aguarda a decisão, em âmbito nacional, sobre a possível formação de uma federação com o Cidadania. Os vereadores de Santa Cruz Gerson Trevisan e Carlão Smidt colocaram os nomes à disposição para disputar uma vaga na Assembleia.
O partido já ratificou a decisão de lançar o vereador de Santa Cruz Alberto Heck a deputado estadual. Deve ser o único nome da legenda no Vale do Rio Pardo na disputa.
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Dois integrantes da sigla inscreveram-se para o processo seletivo interno que definirá os candidatos: o técnico agrícola Nilmar Piva Bortolotto, que é suplente da bancada na Câmara de Santa Cruz, para deputado estadual e o empresário Marcos Baumhardt para deputado federal. No entanto, o presidente do diretório municipal, Eduardo Wartchow, alegou que outros nomes ainda podem surgir, uma vez que as inscrições continuam abertas.
O plano da sigla, resultado da fusão entre DEM e PSL, é contar com uma dobradinha local na eleição. Segundo o vereador Cleber Pereira, o grupo aguarda uma conversa com a direção estadual para bater o martelo. Além do próprio Cleber, colocaram o nome à disposição para concorrer os empresários Marcelo Garcia e Fernando Panke e o pastor Juarez Silveira.
Sem cargo desde o início do ano passado, o ex-vereador de Santa Cruz Ari Thessing confirmou que mantém a intenção de concorrer a deputado federal. A confirmação ainda depende das discussões a respeito da formação de uma federação entre Cidadania e PSDB.
O partido, que deve lançar o ex-juiz Sérgio Moro a presidente, terá o ex-vice-prefeito de Venâncio Aires Celso Kramer como candidato a deputado estadual. Kramer concorreu em 2010, 2014 e 2018 pelo PTB, sigla que deixou no ano passado.
PSD
O vereador de Santa Cruz Luís Ruas diz que mantém o nome à disposição para concorrer a deputado estadual, mas diz que a decisão será tomada após conversa com o diretório local. Para deputado federal, os integrantes da sigla devem apoiar a reeleição de Danrlei de Deus.
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