Os últimos dias registraram maior movimentação nas ruas de Santa Cruz do Sul. Depois de quase duas semanas com o comércio fechado em razão das recomendações relacionadas ao novo coronavírus, a alteração no decreto municipal passou a permitir atendimento por tele-entrega e drive thru. Além disso, com a permissão para que as lojas de chocolates funcionassem, mais pessoas foram às compras.
Mesmo com as regras mais flexíveis, os estabelecimentos que puderam atender seguiam atentos às recomendações dos órgãos de saúde, com restrição do número de clientes, regras de distanciamento nas filas e fornecimento de álcool em gel para higienização das mãos.
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Quem foi às ruas aprovou a iniciativa. É o caso da industriária Ester da Rocha, 32 anos. Acompanhada da sobrinha Mariane, ela se impressionou com a movimentação. E destacou ainda a ressignificação que a ocasião proporciona.
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“Estar em quarentena não é bom, mas poder desfrutar da família tem sido maravilhoso. Além de muito chocolate, essa Páscoa será de união, amor e fé”, disse Ester, mostrando as sacolas, recheadas de doces.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz (Sindilojas), Mauro Spode, observou que, embora a movimentação, o reflexo nas vendas será pequeno. “Quase nada. As entidades empresariais estão unidas para sensibilizar o comitê da crise, para que se crie mecanismos de consciência e aos poucos tenhamos um isolamento vertical. Em outros municípios isso já está acontecendo”, frisou.
“Quem abriu, optou por atendimento individualizado. O principal objetivo é evitar aglomerações nos estabelecimentos. Os supermercados são um bom exemplo de como se adequar a essa situação, limitando o acesso. É uma perspectiva positiva, para que todos os segmentos possam abrir”, salientou. Ainda reforçou que a população deve ficar em casa e só sair se necessário.
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O vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz, Ricardo Bartz destacou que a temporada de Páscoa é considerada uma das melhores para o comércio. “Percebemos que alguns segmentos, como o próprio chocolate, vai dar uma desafogada, mas longe do que representaram as vendas na mesma época do ano passado. Em conversa com empresários, eles estimam vender em média 85% menos do que no ano anterior.”
De acordo com o representante do CDL, as lojas estão se adaptando às normas estabelecidas pelo decreto municipal. “É difícil operacionalizar isso em venda (drive thru e tele-entrega). As empresas que já tinham um perfil de prospecção online estão se saindo melhor. Essa relação pelas redes sociais tem feito a diferença. As lojas que não tinham esse hábito estão tendo muitas dificuldades”, comentou.
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Bartz ressaltou que a principal dificuldade das empresas é atender às necessidades dos consumidores. “As pessoas estão tendo uma nova experiência, mas elas querem um atendimento de loja física, mesmo a distância. Então os clientes pedem que enviem mais modelos, possibilidade de experimentar, pensar. Tudo aconteceu muito rápido, as coisas estão acontecendo sem programação. Algumas lojas estavam preparadas, outras não.”
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