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Quem não tomou a segunda dose da vacina contra a Covid-19 não tem imunização completa

Apesar de tão demandada pela população, a vacinação contra a Covid-19 vem enfrentando um problema. Pessoas que já atingiram o período para receber a segunda dose das vacinas estão deixando de buscar os locais de aplicação e, dessa forma, atrasando a finalização do esquema vacinal e a imunização completa. Tratando-se da CoronaVac, esse tempo é de 28 dias, enquanto na Oxford/AstraZeneca, o intervalo é de 12 semanas. A orientação para quem já perdeu o prazo estipulado é para que procure um dos locais o mais breve possível.

Conforme a bióloga Lia Possuelo, que é também doutora em Bioquímica e professora de Imunologia da Unisc, a aplicação da segunda dose no período correto está diretamente ligada à eficácia da vacina, e quem está atrasado deve se apressar. “Assim que possível vá à unidade de saúde e faça a segunda dose. Quanto mais próximo a gente conseguir fazer a vacina dentro desse prazo dos 28 dias no caso da CoronaVac, melhor vai ser a eficiência da vacina”, afirmou, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9. Ainda segundo Lia, não existem estudos que mostrem como fica a produção de anticorpos e a imunidade se o prazo for estendido por um tempo além do determinado.

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Ciente da situação, a Secretaria Estadual da Saúde está preparando uma lista com o nome de todos que já atingiram o prazo mas ainda não buscaram a segunda dose. Conforme a diretora de ações especializadas em saúde da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Caren Picasso, o Município fará uma busca ativa por essas pessoas para que recebam a vacina, independente de quanto tempo já se tenha passado desde a primeira aplicação.

A respeito dos locais de vacinação, o coordenador do Programa Municipal de Imunizações, Róger Rodrigues Peres, afirma que não é possível disponibilizar doses em todas as unidades de saúde em função das pequenas quantidades que o município vem recebendo, o que poderia gerar tumulto. Róger explica que as segundas doses vêm sendo disponibilizadas no interior periodicamente conforme a disponibilidade, bem como a aplicação em pessoas acamadas.

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Novo grupo prioritário
O governo do Estado anunciou nessa quarta-feira, 14, que pessoas com comorbidades serão o novo grupo prioritário para a vacinação contra o coronavírus. Por comorbidades entende-se todas as doenças que podem contribuir para que o paciente desenvolva um quadro grave da Covid-19. São elas: diabetes, hipertensão arterial ou pulmonar, pneumopatia crônica grave, insuficiência cardíaca, cardiopatias, síndromes coronarianas, valvopatias, arritmia cardíaca, próteses valvares ou dispositivos cardíacos implantados, doença cérebro vascular, doença renal crônica, imunossuprimidos, anemia falciforme, obesidade mórbida, síndrome de down e cirrose hepática.

O início da vacinação para esse novo grupo deve ocorrer somente após o término da imunização das pessoas com 60 anos ou mais. O critério também será a idade: primeiro as pessoas com 59 anos e que possuem alguma dessas comorbidades, depois as de 58 anos, e assim sucessivamente. Para ter direito à vacina será necessário levar à unidade de saúde um documento médico (exames, receitas, relatório médico, prescrição, etc) que comprove a condição. Também poderão ser utilizados cadastros já existentes nas unidades. “Os municípios têm um grande desafio pela frente, que é o monitoramento de quem efetivamente será vacinado“, falou o presidente do Conselho das Secretarias Municipais da Saúde (Cosems/RS), Maicon Lemos.

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