Hoje não falarei sobre a reforma da Previdência. Peço aos que me leem indulgência por invadir área para a qual não tenho diplomas acadêmicos. Acontece que em muitas civilizações há provérbios centenários dizendo “quem sabe faz, quem não sabe ensina”. Claro que não concordo com isso, mas acredito muito na concretude da experiência. Aprecio o que é claro, transparente e prático. De nada adianta muito saber sobre perquirições vazias de utilidade. Me interessa saber se “it works”, se “es klappt”, se funciona.
Nosso preclaro sumo sacerdote da Economia vai ao ar e nos espanta com seus prognósticos de um tsunami terrível, se não nos corrigirmos e seguirmos seus ensinamentos, sob pena de haver uma falência estrutural do Estado.
Num impulso inicial até pensei em juntar meus 359,90 euros e ir morar com meu filho na Alemanha. Mas depois de refletir, pensei: o que trouxe tantos imigrantes para o novo mundo? A vontade de melhorar de vida. Como se faz isso? Poupando, sendo honesto e trabalhando.
O Município, o Estado, a União arrecadam e gastam como querem.
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O Imposto de Renda já gera altos percentuais dos salários. Até os pequenos assalariados contribuem. Quase tudo vai por ralos funestos, como os gastos que há no Senado e Câmara Federal. Depois vêm os legislativos estaduais e municipais, em que ficam flanando os detentores de cargos em comissão. Não em todos, mas em muitos. Horrores de funcionários cujo número é maior que a população de pequenas cidades. Eu moro ao lado do Piratini. Todos os dias vejo carros dos municípios encostados aí na Praça da Matriz trazendo as rainhas e princesas com seus vestidos típicos, desfilando e “promovendo” festas com dinheiro público. É lindo? Coloca do teu bolso! Gasta-se em eventos grandiosos e se abandona a Saúde. Um chefe de família, o que vai preferir: dar remédios para a filha doente ou lhe dar um perfume?
Quem gera riqueza, cuja parte resulta em impostos, é o colono, o industrial, o médico, o dentista, o assalariado. Seus descontos vão para o tesouro estatal. Muito desse dinheiro vai para os cargos “virtuais”, viagens inúteis.
Resumo: a navalha tem que cortar não só nas mulheres agricultoras, nos professores, nos policiais. Tem que cortar fundo nos cargos inúteis.
E basta de os burocratas incomodarem tanto por questiúnculas. Facilitem as coisas. Deixem o mercado se movimentar, sempre dentro da lei. Enxuguem a máquina pública mastodôntica. O dono da Havan publicou um anúncio inocente. Um animalzinho comendo um chocolate. Pau nele. Assim o jogo não está sendo sério!
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