Diferentemente dos últimos dias, em que as lojas foram tomadas de pessoas procurando presentes, a véspera de Natal registrou menos movimento em estabelecimentos do centro de Santa Cruz do Sul. Por se tratar de um domingo, a maioria dos pontos de venda de produtos não abriu. Em razão disso, os poucos locais que cumpriram o horário autorizado em acordo, das 9 às 15 horas, faturaram com o público que deixou para comprar os presentes na última hora.
Porto-alegrense, o casal Francine Leal, de 35 anos, e Rafael Quadrado, de 39, chamava a atenção de longe na calçada da Rua Marechal Floriano. No meio deles estava o pequeno Théo, de 1 ano e 11 meses. Falante, o menino carregava uma sacola que chegava a ser maior do que ele em altura. Era o seu presente. “Sempre dá um tempo de passear com a família nas visitas que fizemos, e nessa de hoje compramos um presente pra ele”, contou a mãe.
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A família está na casa da mãe de Francine, no Bairro Arroio Grande, em Santa Cruz, para passar as festas de fim de ano. O próprio Théo mostrou o presente: um kit construtor, com ferramentas de brinquedo. “Como trabalho na manutenção de ar-condicionado, e ele fica sempre brincando junto, resolvemos dar esse kit pra ele”, salientou o pai.
A percepção de que as últimas horas antes da ceia de Natal tiveram a visita de mais moradores de outras regiões do que de Santa Cruz também é sentida pelos lojistas. “Atendemos nesse domingo bastante gente de fora, até de cidades como Porto Alegre, que vem realizar alguma visita e compra”, comentou Renato Luis Bieger, de 40 anos, proprietário da loja Planeta Esportes, que fica na Rua 28 de Setembro, no Centro.
Segundo Bieger, parte do movimento de domingo ainda era de pessoas que achavam que no sábado as lojas ficavam abertas até 22 horas, quando na verdade o horário de fechamento era 18 horas. “Chegamos a ficar atendendo no sábado até depois do horário esse pessoal que chegou mais tarde”, salientou. Conforme o proprietário da Planeta Esportes, houve aumento de vendas no Natal em relação ao ano passado.
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“No geral, tivemos um crescimento de 15% no lucro”, detalhou. E a linha futebol é a preferida do público na loja. “Sai muita camiseta, bermuda, bola, os kit infantis de times de outros países e da dupla Gre-Nal, além de chinelos e tênis”, salientou. A troca de peças inicia-se nesta terça-feira. Quem adquiriu um produto na Planeta Esportes tem até 30 dias para trocá-lo.
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A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista do Vale do Rio Pardo (Sindilojas/VRP) devem divulgar uma avaliação geral nos próximos dias sobre as vendas nos estabelecimentos locais. Segundo o presidente do Sindilojas/VRP, Mauro Spode, o movimento foi intenso nos últimos dias, principalmente após o pagamento da segunda parcela do 13º salário.
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“Os setores de bazar, brinquedos, vestuário, calçados e artigos de perfumaria foram os mais beneficiados. Não temos todos os dados, mas me parece que no geral ficou aquém do esperado. Vamos aguardar o final do mês para mais informações”, disse ele.
Já Ricardo Bartz, que responde pela CDL, afirmou que, no pós-pandemia, este foi o ano mais difícil para o comércio do varejo. “Foram muitas dificuldades. Havia uma expectativa grande nas vendas do final de ano, porque seria um fôlego e um respiro para muitas operações. O Natal é a data que mais impacta o comércio em nível nacional. Tivemos um movimento bem acentuado nos últimos dias, com exceção deste domingo, que foi mais fraco, com muitas lojas nem abrindo. Por isso, vamos aguardar nos próximos dias para fazer o fechamento dos números de venda e verificar como de fato se comportou o comércio local.”
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