Cortes e pequenos traumas são suficientes para o desenvolvimento de cicatrizes com relevo em algumas pessoas. Mas nem sempre essa característica indica de imediato o diagnóstico de queloide. De acordo com a dermatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Cláudia Escaleira de Oliveira Dourado, é possível que a protuberância seja confundida com uma cicatriz hipertrófica.
A divergência principal entre os dois problemas está ligada à delimitação da lesão. No caso do queloide, o tecido cicatricial,que cresceu de forma anormal, não respeita o limite da cicatriz original. Já a cicatriz hipertrófica, apresenta a elevação apenas no espaço traumatizado.
Segundo a especialista, a eficácia do procedimento é outra diferença importante. “Nos casos de cicatrizes hipertróficas, é comum que o resultado seja melhor, mais rápido e com menor chance da lesão voltar após um tempo, o que não ocorre no caso do queloide, que muitas vezes só é excluído após uma cirurgia e mesmo assim com chances de reaparecer”, explica.
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O queloide pode ainda apresentar dor, coceira, sensação de queimação e, dependendo do local, limitar o movimento. Para amenizar esses sintomas, há diferentes tratamentos como infiltração de medicamento, crioterapia- para lesões menores, laser e, por fim, a cirurgia.
“Em alguns casos a única possibilidade é realmente a cirurgia, mas mesmo assim é preciso levar em conta a chance de retorno da lesão. Quando é feita a intervenção cirúrgica, há ainda um procedimento pós que incluí: uso de medicamentos injetáveis, curativos oclusivos e compressivos”, alerta a dermatologista.
O problema pode afetar os dois sexos igualmente, sendo mais comum em pessoas negras, asiáticas e em idade entre 10 e 30 anos. Sua incidência em feridas cirúrgicas é de 5% a 15%, com grande chance de reaparecer, mesmo depois de serem removidos em processos operatórios.
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