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Queen Legend recria em Santa Cruz maior performance da banda original

Legado: quinteto formado por músicos brasileiros proporcionou na noite de quinta-feira uma reprodução fiel de uma das apresentações mais aclamadas pelos fãs do Queen | Foto: Julian Kober

No dia 12 de julho de 1986, o Estádio de Wembley, na Inglaterra, abrigou um dos shows mais marcantes da banda Queen. Em sua última turnê, a Magic Tour (que divulgava o álbum A Kind of Magic), o grupo tocou para 72 mil pessoas. A apresentação foi gravada e lançada em vídeo e como álbum, sendo considerada a melhor performance ao vivo e o adeus à formação original, composta por Freddie Mercury (vocais e piano), Brian May (guitarra e vocais), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria e vocais).
Passados 38 anos, o grupo Queen Legend – que homenageia o quarteto inglês – trouxe a Santa Cruz do Sul uma iniciativa ousada: transformar o Teatro Mauá no estádio nacional inglês e reproduzir fielmente a lendária apresentação.

Além de tocar o repertório completo, com o acréscimo de uma música muito pedida pelos fãs, o quinteto brasileiro foi além. Para uma reprodução fiel a um dos ápices da carreira do Queen, o show, sob a direção do produtor Eduardo Holmes, recriou (ainda que numa escala menor) o palco de Wembley. Tal fidelidade também ficou expressa nos figurinos de toda a banda, feitos por Clésie Melissa Gomes. Em especial, a icônica jaqueta amarela usada por Mercury no primeiro ato, além do traje de rainha da última canção.
Contudo, para ser bem-sucedida, a apresentação dependia da performance dos músicos. E os integrantes do Queen Legend mostraram não só seu talento musical, mas também o amor pela banda inglesa.

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Elvis Balbo talvez tenha a tarefa mais difícil: assumir o papel de Freddie Mercury, considerado não só um dos melhores frontman (membro que assume o papel de líder) do rock ‘n roll, mas um dos maiores vocalistas da história, o que o torna um artista difícil de ser imitado. Contudo, Balbo demonstrou por que é considerado um dos maiores intérpretes do cantor.

A similaridade da voz é espantosa. Quem assistiu ao vídeo da performance original e vê o tributo se impressiona ao perceber que o artista recria os trejeitos, movimentos e falas de Mercury ao longo do show de Wembley. Fica a impressão de que Balbo estudou a apresentação da década de 1980 repetidas vezes, atento à cada imagem, antes de se apresentar.

Além da bela voz do cantor inglês, o Queen se destacou por seus músicos tão talentosos quanto o vocalista. Sejam os icônicos riffs de Brian May (considerado um dos maiores guitarristas da história), o baixo de John Deacon e as batidas de Roger Taylor, todos sempre se destacaram. O mesmo pode-se dizer dos incríveis músicos do grupo tributo. Cauê Brisolla faz uma performance digna de May, enquanto Fabio Duarte e Maurício Prado interpretam Deacon e Taylor. Participa também Albert Lemos como Spike Edney, tecladista que começou a acompanhar o Queen a partir de 1984.

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Os quatro têm seu momento para brilhar, evidenciando que estão à altura de seus antecessores. A fidelidade era impressionante a ponto de pensar que estávamos ouvindo a reprodução original, o que se deve ao enorme talento e à enérgica empolgação dos músicos brasileiros. Por cerca de duas horas, o público do show no Teatro Mauá pôde se sentir presente na apresentação em solo inglês, no auge de uma banda inigualável. A depender do Queen Legend, o legado do grupo original jamais será esquecido.

Com promoção da Rádio 99,7 FM, integrante da Gazeta Grupo de Comunicações, o show contou com a produção de Vanessa Barreto, Larah Lauer Holmes, Júlia Lauer Holmes e Felipe Camargo. Também contribuíram na iluminação Guto Greca e William Kieffer no canhão seguidor.

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O show

Tal qual o espetáculo em Wembley, a apresentação no Mauá iniciou-se com a entusiástica One Vision. A música, presente no álbum A Kind of Magic (1986), fez a plateia pular e cantar a letra, inspirada em discurso de Martin Luther King sobre uma visão única de um mundo unificado. A rebelde Tie Your Mother Down, de A Day at the Races (1976), veio em seguida, com os acordes de May (reproduzidos por Cauê Brisolla) deixando o auditório enérgico.

In the Lap of the Gods, de Sheer Heart Attack (1974), foi um momento para recuperar o fôlego. O talento de Balbo no vocal se sobressaiu no refrão da linda música. Seven Seas of Rhye, do primeiro disco do Queen (1973), e Tear it Up, do álbum The Works (1984) arrancaram aplausos, enquanto A Kind of Magic fez todos cantarem com a banda.

E no momento em que os primeiros acordes de Under Pressure começaram, era possível ouvir gritos de empolgação de todos os cantos do teatro. O público cantou junto, do início ao fim, a letra escrita em parceria com o músico David Bowie para o disco Hot Space (1982).

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O baixo de Deacon (feito por Fabio Duarte) deu continuidade ao espetáculo com a introdução de Another One Bites the Dust, do disco The Game (1980). Os passos de Balbo no palco fizeram a plateia se mexer nos assentos enquanto o acompanhavam. Who Wants to Live Forever, de A Kind of Magic (1986), acalmou os ânimos antes de iniciar a clássica I Want to Break Free, do álbum The Works, marcada pela participação do público. 

O vocalista deu uma pausa enquanto os colegas mostraram seu talento. Brisolla foi o destaque, com um longo solo digno do guitarrista britânico. Para agradar aos fãs, a banda acrescentou ao repertório um dos maiores sucessos que ficou fora do show em Wembley, Somebody to Love. Todos, emocionados pela performance de Balbo no vocal e no teclado. O show seguiu com os covers de clássicos de rock como Hello Mary Lou e Tutti Frutti.

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Momentos marcantes da performance de 1986 também foram reproduzidos com a participação dos fãs. Juntos, entoaram Love of my Life e a clássica Bohemian Rhapsody, presentes em A Night at the Opera (1975).

Seguiu-se fielmente o repertório com as empolgantes Hammer To Fall e Crazy Little Thing Called Love. Haviam se passado 90 minutos de show quando a banda fez uma breve pausa. Contudo, o público pediu mais e foi atendido com Big Spender. O último ato do show contou com as famosas Radio Ga Ga, We Will Rock You e Friends Will Be Friends. O chão do espaço tremia até a derradeira We Are the Champions. A despedida foi embalada por God Save The Queen, com direito ao clássico traje de rainha e a coroa.

Repertório

  1. One Vision 
  2. Tie Your Mother Down
  3. In The Lap Of The Gods
  4. Seven Seas Of Rhye
  5. Tear It Up
  6. A Kind Of Magic
  7. Under Pressure
  8. Another One Bites The Dust
  9. Who Wants To Live Forever
  10. I Want To Break Free
  11. Somebody to Love
  12. Now I’m Here
  13. Love Of My Life
  14. Is This The World We Created?
  15. (You’re So Square) Baby I Don’t Care
  16. Hello Mary Lou (Goodbye Heart)
  17. Tutti Frutti
  18. Gimme Some Lovin’
  19. Bohemian Rhapsody
  20. Hammer To Fall
  21. Crazy Little Thing Called Love
  22. Big Spender
  23. Radio Ga Ga
  24. We Will Rock You
  25. Friends Will Be Friends
  26. We Are The Champions
  27. God Save The Queen

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