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Queda da atividade industrial diminui, mas ociosidade continua recorde

As perdas na produção industrial do Rio Grande do Sul continuam ininterruptas desde abril do ano passado, mas diminuíram de intensidade, aponta a Sondagem Industrial de fevereiro, divulgada nesta quinta-feira, 24, pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). O indicador mostrou o maior patamar em 11 meses, 45,7 pontos, comportamento semelhante ao emprego, que alcançou 45,4. A ociosidade no setor, porém, continua recorde, com um grau médio de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) de 62%. O índice de UCI em relação ao usual ficou em 34,7 pontos, ainda distante do normal para o mês.

“A Sondagem Industrial do último mês mostra uma leve melhora em alguns indicadores de atividade e de expectativas, assim como o ciclo de acumulação de estoques tem sido eliminado. Entretanto, vale lembrar que os cenários econômico e político não têm qualquer novidade positiva, evidenciando que esses sinais são frágeis e não devem indicar recuperação”, alerta o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, completando que se tratam apenas de resultados menos negativos devido ao baixo nível de atividade do setor após dois anos de queda. O calendário com um dia a mais em fevereiro  também influenciou positivamente.

Mesmo que os estoques de produtos finais (51,1 pontos) tenham voltado a subir, o nível continuou próximo do planejado pelas empresas (51,4 pontos).

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EXPECTATIVAS – Os empresários não veem perspectivas de mudanças na situação para os próximos seis meses. Embora quatro dos cinco indicadores tenham melhorado, o pessimismo entre os pesquisados em relação à demanda continua (48,5 pontos). É o menor em 13 meses. O cenário negativo deve manter os investimentos fora das prioridades para 2016: o índice de intenção de investir atingiu o mais baixo desde novembro de 2013, 36,3 pontos. Também pretendem diminuir as compras de matérias-primas (47,2 pontos) e o emprego (45). Somente em relação à demanda externa há otimismo. O índice de quantidade exportada subiu de 57,6 pontos, em janeiro, para 58, em fevereiro.

Realizada mensalmente pela Fiergs, a Sondagem Industrial varia em uma escala de 0 a 100 pontos. Indicadores inferiores a 50 pontos apontam queda ou expectativas de queda, UCI menor do que o usual ou estoques abaixo do planejado.

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