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Quatro escolas de Santa Cruz ainda fazem revezamento de alunos

Foto: Alencar da Rosa/Banco de Imagens

Escola Ernesto Alves de Oliveira é uma das quatro que adotarão escalonamento para manter distância mínima exigida por decreto

A partir desta segunda-feira, 8, todas as escolas do Rio Grande do Sul devem retomar o ensino de forma 100% presencial. A obrigatoriedade, no entanto, não poderá ser seguida por pelo menos quatro escolas estaduais de Santa Cruz do Sul. Isso ocorre porque, para manter o distanciamento solicitado por decreto – um metro ombro a ombro entre estudantes –, será preciso fazer revezamento em algumas turmas dessas instituições. 

Em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM na última sexta-feira, o responsável pela 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, destacou que esses educandários possuem mais alunos matriculados do que o espaço das salas de aula. “Em Santa Cruz, as escolas que apontaram a necessidade de revezamento foram a Polivalente, a Ernesto Alves de Oliveira, a José Mânica e a Alfredo José Kliemann. Talvez pela localização, a procura e o número de alunos sempre são maiores nessas instituições de ensino. Mas isso não quer dizer que seja regra geral da escola. Pode haver escolas em que uma turma só necessite de revezamento”, afirmou.

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O novo decreto possibilita que as instituições de ensino que não puderem assegurar o distanciamento mínimo, devido ao tamanho do espaço físico, adotem o sistema de revezamento dos estudantes. Entretanto, para que isso aconteça, deverão assegurar a oferta do ensino remoto nos dias e horários em que os alunos não estiverem presencialmente na escola.

Cada aula é fundamental

São mais de 29 mil alunos inscritos na rede estadual de educação da região de abrangência da 6a CRE. O decreto 56.171 passa a vigorar hoje e torna obrigatória a volta presencial em toda a rede de ensino. Para o coordenador regional, o retorno é fundamental para manter a qualidade da aprendizagem e reduzir a desigualdade social. “Se teve uma coisa que a pandemia deixou muito claro é que a educação básica precisa se dar, em sua grande maioria, no presencial. Nosso estudante está numa fase de aprendizagem, de conceitos, convivência, de formação de caráter, e se faz necessário esse ensino coletivo. Cada dia, cada hora, cada aula é fundamental”, completou.

Diretora da Ernesto explica funcionamento

Janaína Venzon, diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira, explicou que não haverá revezamento do 1º ao 5º ano do Fundamental na instituição. Porém, nos anos finais do Ensino Fundamental, ou seja, do 6º ao 9º, sete turmas farão o escalonamento. Já no Ensino Médio, o número é maior: 13 turmas farão o esquema diário para se encaixar no decreto. 

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Na maioria das salas da escola são permitidos 30 alunos, obedecendo às novas normas de um metro de distância entre cada um deles. Outras duas salas têm capacidade para 29 estudantes e outra, menor, para dez. “Antes da pandemia eu poderia colocar até 38 alunos em uma sala, agora só posso ter 30. Por isso, a escola resolveu fazer um escalonamento diário”, explica.

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Na Ernesto Alves, a partir de hoje, definiu-se o seguinte modelo: se uma turma tem 33 alunos matriculados, são três a mais do que o permitido. Então, na segunda-feira, os primeiros três da chamada vão ficar em casa, tendo aula ao vivo. Na terça, os números quatro, cinco e seis da chamada, e assim por diante.

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Um problema apontado pela diretora da Ernesto Alves é o transporte escolar. Mesmo com a obrigatoriedade do ensino presencial, há falta de concordância entre as necessidades. “Nossos estudantes vêm de diversos lugares e muitos são do interior. Os pais estão enlouquecidos, principalmente à noite, quando a aula termina às 22h45. Eu preciso que esses estudantes tenham ônibus. E eu não consigo liberá-los antes do horário, porque existe uma legislação.”

Janaína frisou que é necessário que a Prefeitura de Santa Cruz verifique, junto à 6ª CRE, quais são as realidades dos estudantes. “Os alunos têm que estar na sala de aula, é uma preocupação muito grande.”

Saiba mais

  • Principais regras que devem ser seguidas
  • Distanciamento mínimo de 1 metro entre os estudantes
  • Uso obrigatório de máscara
  • Higienização constante das mãos
  • Ambientes ventilados

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