Depois de anos sem férias ou folgas prolongadas tive o prazer de passar quatro dias na Praia Real, pequeno balneário encravado a oito quilômetros de Torres. Além de pacato e silencioso, o lugar é abrigo de muitos conterrâneos de Arroio do Meio há anos. Fiquei hospedado na casa de Enio e Carla Meneghini, amigos de longa data.
Uma característica que chamou a minha atenção é o fato de as casas permanecerem abertas enquanto ficávamos à beira mar. Apenas o portão principal é fechado à chave. Janelas e portas são mantidos apenas encostadas. Cadeiras, bicicleta, guarda-sol e outros objetos são deixados nos pátios gramados, cuidados com capricho.
Fui à Praia Real participar de um aniversário festejado no sábado. A hospitalidade dos velhos parceiros fez com que eu e a minha mulher, Cármen, esticássemos a permanência até terça-feira à tarde, quando choveu pela primeira vez.
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O reencontro dos amigos na Praia Real é festejado com churrasco, lasanha, choripan, peixes e, é claro, muita cerveja gelada, além de cuca, linguiça e salamito. Também fazem parte da programação a disputa de diversas modalidades esportivas, como bocha, futevôlei, voleibol e frescobol.
Nativos de outras cidades do Vale do Taquari também são veranistas locais, integrando a confraria regional que também se encontra do Bar do Lídio – ou do Bigode –, um dos mais completos da Praia Real. Ali também é um dos poucos lugares onde a internet funciona a pleno, o que permite atualizar o WhattsApp e até baixar vídeos.
A dificuldade em acessar a internet é um dos atrativos que permite acalorados debates sobre os mais variados temas, da previsão do tempo a fofocas de celebridades e a situação dos presídios. Sem interrupções para verificar mensagens ou acessar o Facebook.
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Foram apenas quatro dias. A folga, inesperada, teve o condão de ser profilática. O relaxamento e o carinho dos velhos amigos fizeram da minitemporada um lenitivo contra o estresse, a fadiga e o desânimo do mormaço. Amigos, tesouro de valor inestimável!
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