Em evento realizado na manhã desta sexta-feira, 6, no bloco 18 da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a Brigada Militar (BM) lançou um novo sistema de comunicação via rádio digital, em parceria com a Gazeta Grupo de Comunicações. Também na solenidade, que contou com a presença de policiais de toda a região e lideranças locais, foram divulgados os indicadores criminais do Vale do Rio Pardo, que apresentaram queda, sobretudo nos delitos mais graves, como homicídios.
“Nós tivemos o ápice no ano de 2016, aqui na nossa região, com 114 homicídios. E hoje nós temos menos de 60. Isso se chegou com muito trabalho ao longo do tempo, utilizando ferramentas de gestão”, salientou o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), coronel Giovani Paim Moresco.
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A respeito de outros delitos, como o furto qualificado em residências, que gera uma intranquilidade na comunidade, o coronel salientou o número de prisões de criminosos reincidentes feitas e enfatizou o aspecto da legislação, que abre brechas para que o bandido seja solto, volte a estar nas ruas e cometa novos delitos. “Nós não podemos aceitar que um criminoso contumaz durante 70 vezes ele invada uma residência e furte, de forma qualificada, os pertences que aquela família que ali reside pode ter demorado anos para conseguir. Então, essa percepção de que tem que mudar esse aspecto na legislação é imprescindível”, disse ele.
Como exemplo, Moresco citou o caso hipotético de que um ladrão vai cometer um furto e encontra uma pessoa em uma casa, e acaba a empurrando, terminando ela por bater a cabeça e falecer. “Aí já deixou de ser um furto qualificado para ser um latrocínio, em tese. Quanto risco a sociedade tem que assumir? Quanto risco a sociedade vai ter que correr por conta de uma legislação que tem que ser revista?”, disparou.
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