A Prefeitura de Santa Cruz do Sul e o Consórcio TCS vão começar ao longo do mês de março a testar as mudanças no transporte urbano. Uma das alterações previstas é a redução de 20% no número de ônibus em circulação – de 43 para 34. As medidas foram apontadas em um estudo realizado pela Fundatec, contratada pelo governo municipal. O objetivo é baixaro custo da operação, que acumula deficits por conta da queda no volume de passageiros nos últimos anos.
Segundo o secretário municipal de Governança e Relações Institucionais, Everton Oltramari, as mudanças serão aplicadas de forma experimental. A ideia é, no decorrer de 90 dias, avaliar o impacto financeiro. “Não vamos conseguir equilibrar da noite para o dia, teremos que medir os resultados. O que der certo, vai permanecer. O que não der, vamos rever”, observou.
A reorganização das linhas, com redução no número de veículos, é para evitar que ônibus circulem praticamente vazios, o que acontece hoje em algumas rotas. A reestruturação, porém, também prevê aumento de horários. De acordo com Oltramari, todas as alterações serão divulgadas previamente aos usuários.
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Outra mudança prevista é a retirada gradual dos cobradores das chamadas linhas complementares, que circulam pelo interior dos bairros. Com isso, o número de profissionais deve cair de 67 para 44. Nas linhas estruturantes, que atendem aos eixos principais, os cobradores devem ser mantidos.
Outra solução apontada no estudo da Fundatec é a utilização de veículos menores em linhas com menos demanda. Nesse caso, por exigir um investimento maior por parte da concessionária, a aplicação deve ocorrer de forma gradativa, à medida que os veículos em circulação começarem a ser substituídos quando ultrapassarem a idade média prevista no contrato.
De acordo com Oltramari, ao longo desses 90 dias não haverá alteração no preço da passagem, que está em R$ 4,45. Ele ressaltou, no entanto, que a situação terá que ser avaliada com base nos resultados dos ajustes. O desejo da Prefeitura é não fazer nenhuma majoração esse ano. “A orientação da prefeita é fazer tudo o que for preciso para que a passagem não suba. Mas quem vai mostrar isso são os números”, alegou.
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O governo também espera conseguir equilibrar o sistema sem a necessidade de retorno do subsídio, que foi pago entre abril do ano passado e fevereiro deste ano para cobrir parte dos deficits operacionais. O secretário ponderou, porém, que isso “não é absoluto” e dependerá do sucesso da reforma. Outra estratégia do Palacinho é aplicar parte da arrecadação do Estacionamento Rotativo Pago, cuja gestão será repassada para uma empresa privada. A licitação deve ser lançada ainda este mês.
O assunto foi tema de uma reunião na sexta-feira entre Prefeitura, consórcio, Fundatec, Ministério Público e Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agerst). Nas próximas semanas, o grupo terá novos encontros para definir o cronograma de aplicação das mudanças.
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