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COLHEITA

Qualidade é destaque na safra de uva em Encruzilhada do Sul

Foto: Bruno Pedry

Videiras da pioneira Lídio Carraro são imponentes e podem ser vistas por quem circula pela RSC-471

Além de se destacar pelos diversos cultivos agrícolas e também de frutíferas, Encruzilhada do Sul tem outra grande cultura que cresce cada vez mais: as uvas viníferas. Com cerca de 600 hectares de área plantada e produção superior a 4 mil toneladas, a colheita ocorrerá entre janeiro e março no município. Neste ano, mesmo sendo o quarto consecutivo com estiagem, a qualidade das frutas é considerada excelente na avaliação dos produtores, evidenciando que as videiras estão plenamente adaptadas às eventuais adversidades climáticas da Serra do Sudeste.

Com 65 hectares plantados e 50 produtivos atualmente, a Lídio Carraro foi, junto com a Chandon, uma das pioneiras na viticultura em Encruzilhada do Sul, ainda no início dos anos 2000. Para a safra atual, a estimativa da empresa é colher 450 toneladas das mais diversas variedades. “Estamos avaliando 2023 como uma das melhores vindimas dos últimos anos. Sem dúvida, ela se equipara com a safra histórica que tivemos em 2020”, avalia o diretor comercial Juliano Carraro.

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Segundo ele, a produtividade ficou menor em função do frio tardio entre o final do inverno e a primavera do ano passado, mas a qualidade está compensando. “Estamos colhendo frutos com sanidade perfeita e maturação fenólica surpreendente, que renderão vinhos de grande estrutura e altíssimo potencial de evolução.”

Ele destaca a resistência das videiras ao estresse hídrico provocado pela falta de chuvas regulares. “Nosso sistema de produção prioriza a qualidade em detrimento da quantidade, de modo que a planta não é exigida ao extremo e resiste ainda mais aos períodos de estiagem.”

Carraro é mais um a salientar o potencial da Serra do Sudeste para o turismo, gastronomia e hotelaria. Porém, reforça que para isso é fundamental a união dos setores interessados nesse desenvolvimento. “A viabilidade disso somente virá se na região forem criadas associações que visem agrupar a todos. Além disso, os moradores e seus representantes políticos também precisam demonstrar esse interesse.” Nesse ponto, chama a atenção para a necessidade de aprimoramento e qualificação dos serviços oferecidos e também da criação e execução de políticas públicas.

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Clima é de muito otimismo entre os produtores

As boas expectativas de Juliano Carraro com relação à safra são compartilhadas por outros produtores, que aguardam com otimismo o desfecho da produção 2022/2023. Um deles é Hilton Fensterseifer, da vinícola Família Fensterseifer, instalada em Encruzilhada do Sul desde 2013. No início, começaram produzindo uvas para a Chandon, mas aos poucos passaram a separar lotes para vinificação e consumo próprio. Com a qualidade obtida, não tardou para que amigos e conhecidos começassem a pedir pela venda dos vinhos.

Hoje, a Família Fensterseifer produz cerca de 10 mil litros por safra, metade em espumantes e o restante em vinhos. Nos 25 hectares cultivados com videiras na propriedade, boa parte da produção ainda é vendida para a Chandon e para a Vinícola Geisse. O restante é destinado para a Serra Gaúcha, onde as mais de dez variedades são vinificadas e posteriormente vendidas. Hilton também enfatiza a qualidade das uvas que serão colhidas até meados de março e ainda o solo e o clima da Serra do Sudeste, cujas características proporcionam um ambiente ímpar para a cultura.

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Olívio: surpresa com bons resultados até o momento | Foto: Bruno Pedry

Com mais de 40 anos de experiência em viticultura, Olívio Maran vê a safra 2022/2023 com bons olhos. A colheita das videiras, com previsão de se estender até a primeira semana de março, deve render mais de 180 toneladas, com destaque para as variedades Chardonnay, Marselan e Pinot Noir. Ele diz que não apenas a produtividade, mas também a qualidade das uvas superou as expectativas. “Considerando o frio fora de época e a falta de chuva que afetou um pouco as Chardonnay, o resultado está me surpreendendo positivamente”, afirma.

Ele explica que os principais problemas enfrentados pela cultura na Serra do Sudeste são as geadas e o granizo, fenômenos que não causaram maiores transtornos neste ciclo. As uvas originárias do continente europeu, explica Maran, sofrem mais com os fungos provocados pela umidade do que com o clima seco. Além disso, alta incidência de raios solares favorece a maturação das frutas, tornando-as também mais doces.

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