Publicação orienta sobre a saúde dos trabalhadores na cultura do tabaco

O Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador da Região dos Vales (Cerest/Vales) realizou na manhã de dessa terça-feira, 31 de maio, o evento de lançamento da publicação Subsídios para diretrizes para atenção integral à saúde dos trabalhadores da fumicultura. O objetivo é apoiar profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e ampliar a articulação na oferta de atenção integral e efetiva para os principais problemas de saúde relacionados a essa ocupação.

A coordenadora do Cerest, Adriana Skamvetsakis, comenta que a publicação deve subsidiar as equipes de saúde para melhor atender trabalhadores da fumicultura, no sentido de prevenir doenças e acidentes relacionados ao trabalho.

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Segundo ela, havia uma grande necessidade de orientar melhor a rede de saúde nesse sentido. “Nós temos uma grande população de trabalhadores da fumicultura e é importante esse cuidado, desde os acidentes de trabalho até os casos de câncer e doenças de pele, por exemplo”, explicou em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM.

Nós temos uma grande população de trabalhadores da fumicultura e é importante esse cuidado, desde os acidentes de trabalho até os casos de câncer e doenças de pele

Adriana Skamvetsakis, coordenadora do Cerest

Ainda segundo a coordenadora, o texto foi elaborado num processo interinstitucional, com muito diálogo com trabalhadores da fumicultura e profissionais de saúde. O documento foi desenvolvido com o apoio da Coordenação-Geral de Saúde do Trabalhador, Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Cerest/Vales, Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Arapiraca, Secretaria Municipal de Saúde de Rio do Oeste e secretarias estaduais da saúde do Rio Grande do Sul e do Paraná. Na região, além do Cerest/Vales, os municípios de Candelária e Santa Cruz do Sul participaram e contribuíram ativamente. 

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O lançamento da publicação integra um conjunto de iniciativas brasileiras para implementação dos artigos 17 e 18 da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS). Eles tratam da prestação de apoio a atividades alternativas economicamente viáveis para os agricultores de tabaco e proteção do meio ambiente e da saúde das pessoas.

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O evento de lançamento contou com a presença da titular da 13ª Coordenadoria de Saúde, Mariluci Reis; da secretária de Saúde de Santa Cruz, Daniela Dumke e do vereador Raul Fritsch, entre outras representações estaduais e nacionais, além do organizador da publicação e pesquisador do Cetab/Ensp/Fiocruz, Marcelo Moreno.

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A ideia, segundo Moreno, é que o documento oriente os municípios produtores de tabaco sobre como podem estruturar suas redes para prover atenção integral à saúde dos trabalhadores da fumicultura, considerando os riscos a que estão expostos. “Há propostas de ações tanto na atenção primária como na média e alta complexidade que podem e devem ser organizadas nos municípios para que eles respondam adequadamente a essas demandas de saúde.”

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Maior exportador

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de tabaco e tem sido o maior exportador nas últimas três décadas. A maior parte da produção ocorre nos estados da Região Sul – responsáveis por mais de 95% das folhas no País –, em pequenas propriedades comandadas por agricultores familiares, segundo o Censo Agropecuário de 2017. Atualmente, mais de 150 mil famílias brasileiras estão envolvidas na atividade.

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Marcio Souza

Jornalista, formado pela Unisinos, com MBA em Marketing, Estratégia e Inovação, pela Uninter. Completo, em 31 de dezembro de 2023, 27 anos de comunicação em rádio, jornal, revista, internet, TV e assessoria de comunicação.

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