Um dia após a eleição de Solange Finger (PTB) para o comando da Câmara de Santa Cruz do Sul, o presidente do diretório municipal petebista, Marco Borba, disse que o partido irá avaliar a possibilidade de expulsão da vereadora do quadro.
Filiada há mais de 15 anos ao PTB, que é o principal partido de oposição ao governo Telmo Kirst (PP), Solange se elegeu presidente da Câmara na terça-feira com o apoio das bancadas governistas – PP, PSDB e SD – e derrotou a chapa oposicionista, encabeçada por Alberto Heck (PT). A aproximação começou no ano passado, quando a parlamentar deu o voto que garantiu ao grupo governista assumir o comando do Legislativo em 2014.
A decisão, porém, estremeceu profundamente a sua relação com o PTB. Após a proclamação do resultado da eleição, outros vereadores petebistas chegaram a se retirar do plenário sem cumprimentá-la. Ontem, Borba disse considerar Solange uma “traidora do partido”. “Ela usou a sigla para se eleger e agora está trabalhando para a situação. É uma vergonha. Não consideramos mais ela como uma vereadora do PTB”, criticou. A ideia é convocar líderes do diretório nos próximos dias, inclusive o deputado federal Sérgio Moraes, para discutir uma providência. Dentre as alternativas, está a abertura de um processo de expulsão. “O mais digno da parte dela seria migrar para um partido do governo, até em respeito aos eleitores.” O presidente alega ainda que nenhuma atitude foi tomada no ano passado porque a sigla acreditava que seria um posicionamento pontual.
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