As direções nacionais do PTB e do Patriota aprovaram nesta semana a fusão entre os dois partidos. O nome da nova legenda será Mais Brasil e o número adotado, 25. A união foi selada após as duas siglas não terem conseguido atender às exigências da cláusula de barreira, que asfixia o funcionamento de partidos pequenos ao não liberar para eles recursos e tempo de propaganda.

O ex-deputado e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson, que foi preso no último domingo após ofender a ministra do STF Carmen Lúcia e atirar contra policiais federais, não ocupará cargos no novo partido nem deve estar entre os filiados. Para ser oficializado, o “casamento” ainda precisa passar pelo crivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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A fusão consolida um processo de desidratação do PTB, que por décadas foi uma das principais forças políticas do Vale do Rio Pardo. Isso começou a mudar neste ano, com a transferência da família Moraes para o PL. Em âmbito nacional, o partido, que tinha a tradição de eleger sempre entre 20 e 30 deputados, minguou desde 2018, quando conseguiu apenas dez cadeiras, e derreteu ainda mais neste ano, ao ter somente um deputado eleito.

Para fechar o acordo, o Patriota, que sempre foi um partido nanico e elegeu quatro deputados, exigiu que Jefferson não tivesse cargo na Executiva Nacional do novo partido e nem presidisse nenhum diretório estadual. A divisão dos diretórios estaduais ainda não foi feita, mas a tendência é que o grupo oriundo do Patriota tenha a preferência para ocupar os principais cargos. O atual presidente do Patriota, Ovasco Resende, é hoje o nome mais cotado para comandar a sigla.

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