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PT apresenta emendas à reforma, beneficiando professores e área rural

Deputados do PT apresentaram nesta quarta-feira, 22, três emendas à reforma da Previdência que tramita na Câmara. O foco dos parlamentares é preservar as regras de aposentadoria para professores e para trabalhadores rurais, impedindo que essas categorias sejam atingidas, por exemplo, pela idade mínima de 65 anos.

No caso dos professores, a proposta dos deputados é que a aposentadoria possa ser requisitada aos 55 anos de idade e 30 anos de contribuição (homens) ou aos 50 anos de idade e 25 anos de contribuição (mulher) no caso de servidores públicos. O valor da aposentadoria seria integral. Já para professores vinculados ao INSS, o tempo de contribuição é o mesmo, mas a aposentadoria poderia ser requisitada “independentemente da idade do segurado”, segundo a emenda.

Na justificativa, os deputados citam doenças e problemas de saúde a que os profissionais desta carreira estão suscetíveis, bem como “excessos”, como a jornada extensa e as condições de trabalho a que são submetidos. “Por estes e outros motivos torna-se mais do que justo e necessário garantir a estes profissionais o direito a um regime especial de aposentadoria. Tanto é fato que há anos está na Constituição Federal esta conquista. Qualquer medida que venha suprimir e retirar estes direitos é um verdadeiro retrocesso tanto para a educação brasileira, quanto para o arcabouço de direitos trabalhistas e previdenciários”, diz o texto.

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Pela proposta do governo, no entanto, os professores ficariam sujeitos às mesmas regras de aposentadoria que os demais trabalhadores, como idade mínima de 65 anos. A reforma inclusive veda caracterização de regimes especiais por categoria, diretriz que o relator da matéria, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), pretende manter.

Rural

Em relação aos trabalhadores rurais, os deputados pedem a exclusão do artigo que cria uma contribuição individual fixa para os produtores que exerçam a atividade em regime de economia familiar. Pela proposta do governo, essa alíquota seria “favorecida”, ou seja, inferior à do INSS (que vai de 8% a 11%), e incidiria sobre um salário mínimo.

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O argumento dos autores da emenda é que a contribuição atual, de 2,3% sobre a comercialização, é uma forma “mais justa” de contribuição para esses trabalhadores. “O segurado especial não se enquadra enquanto empregador tampouco empregado, sem renda fixa mensal, pois sua atividade, na maioria dos casos, é exercida por períodos de safra. Isso impossibilita o pagamento mensal das contribuições previdenciárias como prevê a emenda apresentada pelo Poder Executivo”, diz o texto.

Outra emenda pretende manter a idade mínima de 60 anos para homens e de 55 anos para mulheres, no caso de trabalhadores rurais. “É a forma mais justa encontrada para a equiparação de direitos respeitando as diferenças sociais”, diz a justificativa.

As três emendas são assinadas por cinco parlamentares do PT: Pedro Uczai (SC), Valmir Assunção (BA), Padre João (MG), João Daniel (SE) e Marcon (RS). Com isso, já são seis emendas protocoladas para alterar a reforma da Previdência.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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