Você certamente já deve ter ouvido falar em psoríase ou, inclusive, visto alguma pessoa que tenha essa doença, já que ela manifesta-se, principalmente, na pele. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), afeta 2% a 3% da população mundial. É tão comum nos homens como nas mulheres e pode surgir em qualquer idade, mas geralmente tem início entre os 30 e os 70 anos, sendo mais frequente nos adultos. Ainda assim, crianças e bebês podem também ser afetados (psoríase infantil). Conforme explica a dermatologista Jaquelini Barboza, a psoríase é uma doença inflamatória imunomediada, que leva a diversas manifestações onde inflama a pele, vasos sanguíneos, articulações, olhos e intestino, entre outras. Vale lembrar que ela não é contagiosa ou transmissível de pessoa para pessoa. Ou seja, a psoríase não se transmite ou se “pega” por contato direto entre seres humanos.
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A dermatologista também salienta que é uma doença crônica e não tem cura definitiva. No entanto, existem múltiplos tratamentos que permitem controlá-la, devolvendo a qualidade de vida ao doente. “De forma lúdica, podemos ‘prender’ de novo este gene com o tratamento, ou seja, o paciente pode ficar livre das lesões de pele”, garante.
Características
- Causas – De acordo com a dermatologista, a causa é genética. “Só tem psoríase quem tem genética para ter. Mas isso não é o único fator, visto que algumas situações na vida da pessoa podem ‘liberar’ este gene”, diz. Entre os exemplos de fatores desencadeantes, a médica cita infeções bacterianas ou virais, medicamentos e estresse fisico ou emocional. Por isso, manter uma vida física e emocionalmente saudável ajuda a prevenir as manifestações dessa doença.
- Sinais e sintomas – Jaquelini destaca que na pele aparecem manchas vermelhas com escamas branco/prateadas. Já na genitália, na axila e na virilha, as lesões são somente manchas vermelhas. No couro cabeludo destacam-se escamas um pouco mais aderidas que a caspa comum. Nas unhas, a psoríase se caracteriza por descolamento ou engrossamento da unha (o que lembra uma infecção por fungo).
- Diagnóstico – O diagnóstico da psoríase é essencialmente clínico (feito em consulta médica, através da observação do paciente). As características das lesões, a sua localização e a evolução são informações importantes a ter em conta. Em alguns casos podem ser necessários exames complementares para a confirmação, como a biópsia de pele, por exemplo.
- Complicações – As manifestações de psoríase podem ser leves, moderadas ou graves, dependendo do subtipo clínico e da extensão de pele afetada. Felizmente, as formas leves são as mais frequentes (80% dos casos). “Algumas formas de psoríase, sejam leves ou graves, podem estar associadas a complicações. Por exemplo, doença inflamatória intestinal; aterosclerose (diminuição do diâmetro interno dos vasos sanguíneos ), que pode levar a infarto/AVC, artrite, uveíte (inflamaçãoao nos olhos), depressão e ansiedade”, enumera Jaquelini.
- Tratamento – Pode ser feito com cremes e pomada se as lesões forem poucas e pequenas. Mas, se forem grandes ou em área que afete muito o paciente, como unhas, órgãos genitais, face, palmas das mãos e plantas dos pés, o tratamento deve ser sistêmico, de dentro para fora. Pode ser com banhos de luz (fototerapia) ou medicamentos orais e injetáveis, que são os imunobiológicos. O uso de corticoide oral ou injetável é contraindicado para o tratamento da psoríase. Jaquelini ainda informa que todos os tratamentos estão disponíveis no SUS e nos convênios e o médico não precisa trabalhar no SUS ou no convênio do paciente para prescrever o tratamento.
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Atenção!
Não existe qualquer tipo de tratamento caseiro ou remédio natural com eficácia comprovada no tratamento da psoríase. O doente nunca deve se auto-medicar, sob pena de poder agravar o seu estado de saúde. Em caso de dúvidas ou agravamento dos sintomas, deve procurar o seu médico dermatologista (especialista em doenças da pele).
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