O presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Carlos Siqueira, disse que concorda com a família do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos relação ao relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – Cenipa, divulgado nessa terça-feira, 19, em Brasília.
Para ele, o Cenipa deveria ter feito um teste de simulador de voo, ao investigar as circunstâncias do acidente aéreo no qual morreram, além de Campos, seis pessoas no dia 13 de agosto de 2014. “O Cenipa deveria ter considerado outros acidentes e incidentes envolvendo aeronaves da mesma família, Citation, de fabricação norte-americana, e feito um teste de simulador de voo”, destaca nota.
Eduardo Campos era candidato do PSB na disputa pela Presidência da República em 2014. No dia do acidente, ocorrido em Santos, o candidato era aguardado no Guarujá, litoral paulista, onde cumpriria uma das etapas de campanha. Durante a apresentação do relatório, o tenente-coronel Raul de Souza informou que foram feitas tentativas na empresa fabricante do avião para fazer a simulação, mas não houve resposta. “Poderíamos ter acrescentado ou afastado algumas hipóteses [para o acidente]”, reconheceu o oficial.
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O relatório aponta que um dos fatores que contribuíram para a queda do avião pode ter sido o cansaço do piloto Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela da Cunha, além do preparo insuficiente para comandar o Cessna 560 XL. A conclusão das investigações foram contestadas nesta quarta-feira pelos advogados das famílias das vítimas. O especialista em acidentes aéreos, Carlos Camacho, argumenta ter ocorrido falha no sensor de velocidade do avião, uma peça com funcionamento automático. Quando isso ocorre, conforme explicou, faz a aeronave perder altura e estabilidade.
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