Com 32 deputados, o PSB foi à tribuna da Câmara dos Deputados defender a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no próximo domingo, 17. Os deputados da legenda que discursaram hoje (15), na fase de discussão do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), sustentaram que há motivos suficientes para a Casa aprovar o afastamento de Dilma.
“Estão presentes os requisitos políticos e jurídicos, não há por que não se cumprir a Constituição Federal. Não é apenas um desajuste de caixa. Trata-se de rolagem bilionária, que escondeu da sociedade a situação caótica das contas públicas. E democracia pressupõe eleições limpas”, disse o deputado Tadeu Alencar (PE), primeiro representante do PSB a falar. Cada um dos 25 partidos, além da liderança do governo e da minoria, terá direito a uma hora para debater o processo de impeachment. Até o momento, são mais de 14 horas e 30 minutos de discursos.
Para o deputado Fabio Garcia (MT), além do afastamento de Dilma, a votação do impeachment no próximo domingo significará o fim do projeto político do PT. “A decisão não se limitará ao processo de impeachment, mas incidirá também sobre o fim de um projeto político de poder que levou o país à maior crise de sua história”, disse. De acordo com o parlamentar, houve crime de responsabilidade por parte de Dilma ao editar decretos com créditos suplementares sem a devida autorização do Parlamento.
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“Com a edição de decretos sem atentar para a autorização do Congresso, Dilma desrespeitou a lei orçamentária, comprometendo a estabilidade fiscal do país”, disse. Já o deputado Danilo Forte (CE), o atual governo precisa ser punido pelos erros que cometeu.
O deputado Flavinho (SP), por sua vez, negou que impeachment seja golpe. “Se dizem que é um golpe, vão ter que dizer que o Supremo Tribunal Federal é golpista, porque estamos apenas cumprindo o rito definido pela Corte”, disse.
Último a falar pelo PSB, Heráclito Fortes (PI) disse que a Câmara, caso aprove a admissibilidade do impeachment, estará atuando em sintonia com a maioria da sociedade. “Se esse impeachment está avançando, nós devemos às ruas. Nós somos a ressonância do Brasil. Quem está pedindo são os brasileiros, do Oiapoque ao Chuí”.
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