Um protozoário do toxoplasma gondii foi encontrado no lodo decantado de uma casa de Santa Maria, abastecida unicamente com a água da concessionária do município. O teste positivo foi divulgado em um laudo emitido pela Universidade Estadual de Londrina (onde as análises da água de Santa Maria estão sendo feitas no único do país laboratório credenciado para avaliação da presença de toxoplasmose na água).
O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 6, por autoridades em saúde e integrantes dos ministérios público Federal (MPF) e Estadual (MPE). O diretor de operações da Corsan, Eduardo Carvalho informou que os 29 reservatórios de Santa Maria estão passando pela limpeza de rotina, sendo que 18 já foram higienizados. De cada um deles, estão sendo coletadas amostras da água para análise, e a recomendação é de que os moradores façam a limpeza de suas caixas d’água à medida que os reservatórios que abastecem suas regiões receberem a manutenção.
O fragmento do DNA do protozoário encontrado na caixa d’água não é igual ao “tipo” de protozoário que infectou gestantes. Pelo laudo também foi constatado o registro de bactérias que indicam a presença de fezes de outros animais na caixa d’água, o que pode ter contaminado o recipiente. A médica infectologista da prefeitura de Santa Maria, Paula Martinez, explica que é possível que o protozoário encontrado seja a forma endêmica do microrganismo, que é mais corriqueira e não causaria a quantidade de casos sintomáticos registrados em um surto.
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O secretário estadual de Saúde, Francisco Paz, disse que o achado não esclarece a origem do surto e que as medidas de prevenção, como beber água fervida e consumir hortaliças e carnes cozidas, devem ser mantidas pela população santa-mariense. “É um dado que se junta a todos os outros da investigação até agora, mas não elucida o surto, que é o que queremos saber, para também entendermos o que é preciso para evitar”, disse.
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