Protetora reclama de casos de maus-tratos em Rio Pardo

Uma situação que se desenrola desde setembro de 2020 tem incomodado protetores de animais de Rio Pardo. Em uma casa situada no Bairro Boa Vista, uma moradora mantém diversos cachorros, e alguns já foram resgatados em situação de maus-tratos. Mesmo após retirados os animais da residência, a idosa voltou a acumular mais cães, que foram se reproduzindo.

Segundo uma protetora de animais, há descaso por parte de órgãos públicos, e a situação não melhora. Natacha Rodenbusch Celeste conta que lida com o problema desde 15 de setembro de 2020, quando foi à delegacia de Polícia Civil pela primeira vez para falar sobre a situação de cães de grande porte que estavam magros, sem alimento e com problemas de saúde. “Após o ofício da promotoria ser encaminhado para a Prefeitura, para o pelotão ambiental e para a delegacia, foram feitas as averiguações somente em 5 e 6 de janeiro de 2021, e no laudo relataram que os animais estavam bem, mas estavam melhores porque eu os tratava com alimentação e remédios desde quando encontrei”.

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Depois que um dos cachorros foi encontrado com uma ferida profunda no rosto, em 5 de fevereiro de 2021, os cinco cães foram resgatados e até hoje estão sob os cuidados da protetora. Porém, segundo Natacha, o problema persiste. “Eu achando que estaria resolvido com a retirada dos cachorros brancos, e não estava. Pois ela começou a juntar mais cães”.

Natacha alega que assim que tomou conhecimento dos novos cães, vem buscando, junto às autoridades, solicitação para esterilização, oferecendo-se para arcar com os custos. Para ela, é necessário que Rio Pardo tenha mais políticas voltadas para cães em situação de abandono e maus-tratos.

Necessidade de local adequado

O delegado Anderson Faturi, da Polícia Civil de Rio Pardo, diz que já foram realizadas várias ações na residência citada. “Sabemos da existência de cães lá, mas, segundo análise de veterinários, não estão em situação de maus-tratos”. Além disso, Faturi comenta que a Delegacia de Polícia de Rio Pardo está atenta às situações de maus-tratos e fez mais de 40 inspeções no ano passado, para verificar denúncias.

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Foram resgatados cinco cavalos, dez gatos e 27 cães, em ações que contaram com o apoio da Vigilância Sanitária, da Secretaria do Meio Ambiente e também dos protetores de Rio Pardo. “Todos os envolvidos foram responsabilizados. Contudo, de forma genérica, o grande entrave que enfrentamos é a falta de local para abrigar os animais, seja canil, centro de zoonoses ou centro de passagem”, ressalta o delegado. Faturi salienta que, em 2021, participou de uma comissão em Rio Pardo, com Prefeitura, Câmara de Vereadores, profissionais e protetores, em busca de um local para receber os animais.

Prefeitura confirma que fará as castrações

Segundo a veterinária da Secretaria do Meio Ambiente de Rio Pardo, Heloísa da Rocha Poeta, o primeiro resgate dos cães de porte grande, no início de 2021, caracterizou maus-tratos. Porém, nas outras vistorias não foram constatadas irregularidades, por isso não foi possível retirar os animais do local. “Quando eu cheguei lá, a cachorrinha estava com oito filhotes dentro de casa, na sombra, tudo limpo, com água”.

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Em um relatório de trabalho, a veterinária pede o recolhimento das fêmeas que já estão em idade para castrar. “Vamos recolher, castrar e devolver para ela, porque, se a gente tirar os animais dela, ela continuará pegando mais e não vai ter fim nunca. Na hora em que forem resgatadas, a castração está garantida pela Prefeitura. Só não foram retiradas ainda porque não temos onde colocar os filhotes”, explica Heloísa.

O secretário do Meio Ambiente, Luiz Carlos Torres de Freitas, afirma que a Prefeitura de Rio Pardo oferece 40 castrações por mês, sendo 20 para pessoas de baixa renda e 20 para protetores independentes. O titular da pasta ressalta ainda que em breve estará em funcionamento uma casa de passagem para cães em situações diversas, como feridos, cadelas no cio ou que estejam gestando na rua. “Estamos providenciando”, diz Freitas. O secretário reforça que a estrutura não funcionará como canil, mas sim como uma casa de passagem.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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