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Protesto contra reformas também discute educação

As reformas trabalhista e previdenciária foram motivo de protestos nessa sexta-feira. Paralisações e atos em todo o Brasil serviram para movimentos sociais e entidades demonstrarem contrariedade às propostas do governo federal, inclusive na área da educação. Em Santa Cruz do Sul, o palco das manifestações foi a Praça Getúlio Vargas. Apesar da garoa, 110 pessoas estiveram no local e ouviram falas de representantes do movimento. A programação foi encerrada à tarde com apresentações de hip-hop no Ginásio Poliesportivo, em um momento intitulado Jornada Cultural de Luta.

O microfone foi dividido entre membros da diretoria do 18º Núcleo do Cpers/Sindicato, Cira Maria Gassen Kaufmann e Elbe Rafael Belardinelli; integrantes do Sindicato dos Comerciários, Afonso Schwengber e Marcos Azeredo; Gilberto Saraiva, da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Matheus Mello, da União dos Estudantes Santa-Cruzenses (Uesc); Flávio Henn, do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS); Antelmo Paulo Stoelbenn, da unidade local da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e o deputado estadual Juliano Roso (PCdoB).

A doutora em Educação Caroline Pacievitch, da Ufrgs, ministrou uma aula pública sobre As reformas neoliberais na educação. Uma das questões levantadas foi o projeto de lei 7.180/2014, chamado de “Lei da Mordaça”. O texto fala sobre o respeito às convicções do aluno, pais ou responsáveis, dando precedência aos valores familiares sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa. “A escola é importante na formação cidadã, apresenta outras perspectivas além do ambiente familiar. A escola não pode ficar presa a uma interpretação. Precisa abrir espaço para questões com tolerância e diversidade”, comentou.

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Outro tema foi a reforma do ensino médio, a lei 13.415/2017, sancionada pelo presidente Michel Temer em fevereiro. Segundo Caroline, apesar de ampliar o tempo em sala de aula, o novo modelo cria dúvidas em relação aos itinerários formativos, parcela de 40% do currículo que poderá ser escolhida pelos próprios alunos.

Pouca adesão das escolas

A maioria das escolas do Vale do Rio Pardo não aderiu ao movimento. Em Santa Cruz, a Escola Willy Carlos Fröhlich (Polivalente) participou do ato na Praça Getúlio Vargas, mas as aulas foram normais nos turnos da tarde e noite. Na Goiás, a paralisação foi total. As aulas do dia serão recuperadas integralmente em outra ocasião.Em Rio Pardo, o Instituto Estadual de Educação Ernesto Alves teve aula normal somente durante a manhã. As atividades foram suspensas à tarde e à noite.

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