Nenito Sarturi e eu compusemos muitas obras em sociedade. Várias estão nos meus dois CDs, que podem ser achados no meu blog (Blog de Ruy Gessinger).
Uma das composições tem o nome de “Elegia para uma Mãe de Preto”.
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Certa vez vim a saber que numa pequena cidade uma jovem mãe perdera seu único e pequeno filho. Sua dor foi tamanha que passou a visitar todos os dias o cemitério, chovesse ou fizesse sol. Ela se trajava de preto e depositava brinquedos de crianças sobre a lápide: caminhões, autinhos, livrinhos, muitos e variados objetos de que as crianças gostam.
No dia seguinte, pessoas tiravam os brinquedos, mas a mãe repunha tudo.
A canção é essa: “Essa mulher que religiosamente planta brinquedos sobre a campa rasa,
Curte uma dor de ter um filho ausente
que nunca mais irá voltar para casa.
A alegria sumiu do seu rosto,
deixando marcas do cruel destino
É o que lhe resta, além do desgosto,
Trazer presentes para seu menino.
Perder um filho é ver ceifada a graça, ruir a vida sem estar no fim
É perceber que o tempo já não passa
Murchando as flores do jardim.
Naquele luto sombrio e fechado, expõe as chagas da maternidade,
E no vazio que mantém guardado, carrega as dores da grande saudade.
Mas no semblante de olhar tristonho
há uma esperança por detrás do véu
De achá-lo rindo e embalar-lhe o sonho,
Que as mães, por certo, têm lugar no céu.”
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Continuando o assunto anterior sobre a proteção aos seres que vivem soltos na natureza, sabemos que a carnificina ainda está em ação.
Admito que, na minha infância, eu caçava tudo o que era bicho. Meu falecido tio Lino Etges, irmão da minha mãe, morava na colônia, em Boa Vista. Ele me levava para caçar de madrugada. Aos 12 anos, ele me ensinou a atirar.
Era para subsistência.
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Quando comprei a fazenda em Unistalda, aprendi muita coisa que não sabia. Aquela região tem um solo mais pedregoso e não houve destruição sistemática como em alguns lugares. Ali conheci animais silvestres como nunca tinha visto.
A Natureza faz de tudo para preservar a fauna e a flora.
Receio que com o tempo mais espécies vão desaparecer para nunca mais voltar.
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Um exemplo: perdizes já estão se tornando raras nos campos.
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