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Proprietários de restaurantes criticam fechamento à noite

Os proprietários de restaurantes que têm funcionamento à noite questionam a determinação do Gabinete de Emergências de Santa Cruz do Sul sobre a restrição de abertura dos ambientes para o serviço noturno. Após reunião virtual com parte do comitê, os empresários seguem descontentes com a decisão do Município de não autorizar a operação.

O empresário Gustavo Angeli, proprietário da Pizzaria La Fiamma, fala em falta de igualdade. Ele, que é o representante deste segmento de restaurantes em Santa Cruz do Sul, destaca que faltou sensibilidade ao gabinete durante o encontro virtual realizado na última quarta-feira, 6. “O comitê tem 22 membros e, para nossa surpresa, quando entramos no sistema, vimos apenas nove pessoas participando da reunião. Ninguém falou nada, a impressão foi que a decisão havia sido tomada antes da nossa defesa”, argumentou. Angeli disse que falou em nome dos demais estabelecimentos durante dez minutos.

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Segundo ele, existem segmentos do setor que não têm a opção de trabalhar durante o dia. Um é o próprio estabelecimento dele, cujo cardápio é formado por pizza, no sistema à la carte. “A telentrega representa muito pouco, no máximo 20% do nosso serviço. Estamos 45 dias parados, com uma queda de 80% no faturamento”, disse.

Angeli pediu equidade ao Município. Segundo ele, seguindo as mesmas regras de funcionamento dos restaurantes durante o dia, as casas que atendem especificamente à noite poderiam implementar o serviço. “Não temos uma justificativa plausível para que não seja permitida a operação à noite. Alguém sabe dizer se o risco de contaminação é maior à noite?”, indagou.

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Atividade segue suspensa
Ainda no fim da noite de quarta-feira, o secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, informou que a solicitação dos donos de restaurantes e o pedido de reabertura de igrejas e clubes de Santa Cruz do Sul não haviam sido atendidos pelo Gabinete de Emergências, mantendo-se a determinação de seguirem fechados.

Na tarde de quinta-feira, 7, após as manifestações dos empresários à Gazeta do Sul, o Gabinete foi questionado novamente sobre o tema. Por meio de nota, via assessoria de imprensa da Prefeitura, o grupo e o Palacinho informaram que não iriam se manifestar neste caso.

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Quentinhas
O empresário Humberto do Nascimento e Silva Filho, proprietário dos restaurantes La Campana e Velasco, colocou a “mão na massa” para fazer quentinhas, entregues durante a semana. Ele, a esposa e o filho se dedicam à cozinha, enquanto os 24 funcionários da empresa foram suspensos. “É uma medida emergencial, apenas para manter a atividade. Nós estamos trabalhando com ajuda de dois motoboys e com uma pessoa para fazer a limpeza”, explicou.

O empresário adaptou um “prato do dia” por R$ 14,00 e oferece um cardápio reduzido para telentrega noturna, às quintas, sextas e sábados. “Isso representa quase nada. É uma ação emergencial para que não fiquemos sem nenhuma atividade. Fomos obrigados a fazer desta forma”, afirmou.

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