Proposta de reajuste não avança e servidores municipais farão paralisação nesta quinta-feira

Uma reunião realizada por servidores públicos municipais com representantes do Poder Executivo de Santa Cruz do Sul na manhã desta segunda-feira, 11, terminou sem avanço na proposta de reajuste salarial. A ausência de um acordo motivou uma nova mobilização da categoria, marcada para a próxima quinta-feira, 14, na Praça da Bandeira. O movimento ocorrerá ao longo do dia e provocará a paralisação de serviços públicos.

Na última quarta-feira, 6, mais de mil funcionários públicos de Santa Cruz do Sul já haviam realizado uma assembleia conjunta para debater a proposta apresentada pela Prefeitura, a qual foi rejeitada praticamente por unanimidade pela categoria. Pela falta de acordo, os servidores decretaram estado de greve.

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O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinfum), Gelso Job, revela que o Executivo municipal havia apresentado um reajuste definido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 2%, o que segundo ele ficaria em torno de 6,51. Os servidores do quadro geral pedem 12% e os professores 18%.

Ainda na quarta-feira, a Prefeitura se manifestou em nota, dizendo que a proposta apresentada comprovava compromisso com a categoria e que “os servidores municipais são reconhecidos e respeitados pelo seu papel crucial na comunidade” e a proposta de reajuste salarial deste ano “reflete esse compromisso, oferecendo novamente a recomposição da inflação e um ganho real aos trabalhadores, além de aumento de padrão para novas categorias que ainda não foram beneficiadas”.

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Prefeita não comparece a reunião

Quem atendeu os servidores municipais que se reuniram na manhã desta segunda-feira, 11, foi a secretária de Administração, Marinalda Spindler, que já havia recebido o funcionalismo na última quarta-feira. Ela revelou que não houve avanço em relação à proposta original. A ausência da prefeita Helena Hermany durante a mobilização provocou insatisfação na categoria. “A gente queria uma sinalização um pouco maior da prefeita. Como não veio nada além disso, então a gente vai submeter isso à assembleia de quinta-feira”, lamenta Job.

Já o vice-presidente do Sindicato dos Professores Municipais (Sinprom), Eduardo Barreto, diz que a não presença de Helena manda um recado ao funcionalismo. “Infelizmente, manda um recado de que ela não valoriza o seu funcionário. Porque ela poderia ter tirado uns minutos do seu dia para vir nos contemplar, conversar, explicar por que Santa Cruz do Sul comemora um superávit de R$ 54 milhões, mas não pode dar um aumento de ganho real para o funcionalismo. Mas ela preferiu fazer outras coisas que, na visão dela, são mais importantes”, critica o professor.

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A ausência da prefeita estará entre os temas a serem debatidos durante a assembleia marcada para quinta, que ocorrerá durante todo o período da manhã e tarde em frente ao Palacinho. A mobilização decidirá os novos rumos que a categoria irá tomar em relação a suas reivindicações. “Muito importante a presença de todos. As categorias estão muito decepcionadas, então vão decidir a partir da quinta-feira quais são as próximas ações dentro desse estado de greve que permanece”, reforça Barreto.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Prefeitura adianta que Helena Hermany fará uma reunião com os sindicalistas nesta terça-feira, às 17 horas.

Estado de greve

O estado de greve, decretado pelos servidores na última quarta-feira, continuará. No entanto, Barreto explica que isso não significa que os funcionários municipais já estejam em greve. “O estado de greve é um dispositivo jurídico que indica que, após as assembleias e as negociações, as próximas ações podem, sim, ser paralisações. No caso, greve e paralisação de alguns serviços ou de todos os serviços públicos envolvidos”, revela.

Colaborou o repórter John Kaercher Machado

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