Pelo menos seis membros do Ministério Público de Santa Cruz do Sul – Érico Fernando Barin, Nádia Baron Ricachenevsky, Flávio Eduardo de Lima Passos, Danieli de Cássia Coelho, Vanessa Saldanha de Vargas e Jefferson Dall’Agnol – assinaram um manifesto de mais de mil promotores de Justiça e procuradores da República de todo o país em defesa da Operação Lava Jato.
O documento critica “impropérios retóricos” dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, durante o julgamento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na última terça-feira. O julgamento ainda não foi concluído, mas pode levar à anulação de todo o processo movido contra o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).
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Segundo o manifesto, nas últimas duas décadas praticamente todas as operações de combate a esquemas de corrupção no Brasil vêm sendo anuladas por tribunais superiores. “O roteiro seguido por essas operações sempre é o mesmo: narrativas criadas pelas defesas de supostos vícios procedimentais, que são rotineiramente acolhidos pelos Tribunais Superiores. Todavia, nunca pelo conteúdo das provas, quase sempre incontrastáveis”, diz o texto.
O documento diz ainda que a forma como os ministros se manifestaram em relação aos procuradores “não está à altura do comportamento que se espera daqueles que integram a Corte Suprema”. “Nenhuma narrativa será capaz de retirar da compreensão da sociedade que foi desnudado o maior esquema de corrupção construído em toda história deste país.”
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