Pouco mais de dois meses após o lançamento do Projeto Recicla Santa Cruz, a avaliação da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass) é positiva. Lançada em 9 de junho, em parceria com a Conesul Soluções Ambientais, a fase de testes conta com quatro contêineres de cor laranja. Instalados em pontos estratégicos na região central, são exclusivamente para descarte de itens recicláveis.
Destinados a materiais como papel, papelão, vidro, metais e plásticos, os quatro contêineres do projeto têm o objetivo de engajar a comunidade no descarte correto e na separação do lixo. Além da redução de custos, a iniciativa gera economia, já que os materiais deixam de ir para o aterro. Conforme o secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Jaques Eisenberger, qualquer quantidade de resíduo reciclável que for recolhida e deixada de ser colocada nos contêineres verdes, de lixo orgânico, significa avanço para a reciclagem e economia de recursos.
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“Atualmente, nos quatro contêineres, são coletados quase mil quilos de resíduos recicláveis por mês, e o número vem aumentando mês a mês”, conta. Desde o lançamento, a média semanal tem sido de cerca de 280 quilos de materiais coletados, e cresce a cada mês. Em junho deste ano, foram 900 quilos; em julho, passou a 950 quilos; e até 19 de agosto, já foram recolhidos 940 quilos de itens recicláveis.
Um dos próximos passos para o Projeto Recicla Santa Cruz é a conscientização dos santa-cruzenses para que utilizem o recurso da forma correta. “Em setembro serão potencializadas as ações relativas à implantação dos contêineres, com a entrega de folders, conversa com a população atendida, entre outras”, explica o secretário. Jaques adianta que foi elaborado um material de divulgação que será entregue aos residentes dos locais próximos aos contêineres laranja, em ações desenvolvidas em conjunto com o Grupo de Trabalho do Projeto.
COMO FUNCIONA
Confira as diferenças entre o contêiner verde e o laranja:
VERDE
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- É destinado ao lixo orgânico e rejeito, como restos de alimentos, borra de café, saquinhos de chá e lixo do banheiro.
- A tampa pode ser aberta completamente para colocar os resíduos.
- A remoção é feita através de coleta automatizada. Os contêineres são esvaziados no local com auxílio dos braços mecânicos do caminhão.
- Atualmente são 550 pontos nos bairros Independência, Universitário, Santo Inácio, Senai, Goiás, Avenida Euclydes Kliemann, parte do Ana Nery e Centro.
LARANJA
- É destinado a materiais recicláveis: papel, papelão, vidro, metais e plásticos.
- Conta apenas com uma abertura para depositar os materiais, mas a tampa não pode ser levantada manualmente.
- Para a coleta, os contêineres são recolhidos e levados ao local de transbordo, onde o material é destinado à Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat). Depois, os contêineres são novamente colocados no espaço reservado a eles.
- São quatro pontos na cidade: ao lado da praça Getúlio Vargas, na Rua Marechal Floriano; na Rua Assis Brasil; próximo à Escola Estado de Goiás, na Rua Carlos Trein Filho; e outro ao lado da Praça Hainsi Gralow, na Rua Augusto Spengler.
Prefeitura e Coomcat realizaram reunião
Na quinta-feira, a Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat) realizou sua primeira reunião com a atual gestão do Executivo municipal no Salão Nobre do Palacinho. Estiveram presentes os integrantes da cooperativa Vera Flores, Rosângela Nunes, Ângela Nunes, Marilane Leite e Uilian Mendes; a advogada da Coomcat, Paula Corrêa; além do secretário Jaques Eisenberger e a prefeita Helena Hermany.
No encontro, discutiu-se a gestão de resíduos sólidos em Santa Cruz, e a cooperativa se mostrou parceira do Município para pensar e executar ações. “Na reunião, apresentamos propostas de melhorias para a situação da usina municipal de resíduos, visando aumentar os índices de reciclagem de Santa Cruz do sul”, explica a presidente da cooperativa, Rosângela Terezinha Nunes. Outro objetivo é avançar com o sistema de coleta seletiva solidária para todo o município.
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Em 2020, a população santa-cruzense gerou 33 mil toneladas de resíduos, com custo de 11 milhões na gestão e operação para o Município, conforme o secretário Jaques Eisenberger. “A taxa do lixo paga só parte desse valor, o resto sai dos recursos livres da Prefeitura. Temos vários desafios pela frente, sempre buscando mais eficiência economia, melhores condições de trabalho para toda a cadeia envolvida, além do aumento dos índices de reciclagem”, disse.