Se a falta de pilcha pode ser um problema para cultivar as tradições, na Escola de Educação Infantil Mundo Mágico, no Bairro Esmeralda, em Santa Cruz, a criatividade permitiu que 135 crianças vivenciassem o tradicionalismo na tarde de ontem. Com lenços de TNT e cavalos confeccionados com garrafas pet, os pequenos foram convidados a participar de uma simulação da chegada da chama crioula.
A atividade foi apenas uma das diversas propostas organizadas, em diferentes escolas do município, pela professora Zoraia Pereira, por meio do Projeto Piazito. Entre oficinas de culinária e de chimarrão, apresentações de invernadas artísticas, brincadeiras e outras atrações a ideia também foi trazer à tona discussões sobre a lenda do Negrinho do Pastoreio.
“Nós procuramos trabalhar por outro viés, trazendo questões como o respeito e o racismo. Entendemos que o movimento tradicionalista precisa estar na escola e que não seja abordado apenas durante a Semana Farroupilha. Projetos como esse, aliás, servem para desmitificar a programação, geralmente lembrada por jantares e festas”, afirma Zoraia.
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Cultura
Além de promover a valorização da cultura gaúcha, a vice-diretora Tatiana Arend acredita que é possível trabalhar outros temas. “Aqui, onde sempre procuramos lembrar datas comemorativas, também despertamos novas atitudes”, explica. “Para a criação dos cavalos, por exemplo, utilizamos cabos de vassoura e garrafas que estavam em desuso.”
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