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Projeto para tornar língua alemã patrimônio cultural de Santa Cruz está arquivado

Próximo de o Estado comemorar os 196 anos da chegada dos primeiros imigrantes alemães, neste sábado, 25, e enquanto Santa Cruz do Sul prepara-se para lembrar os 171 anos da imigração alemã, no fim de 2020, uma proposta que pretende valorizar um dos principais aspectos da cultura dos antepassados segue parada na Câmara de Vereadores. O projeto de lei que pretende tornar a língua alemã patrimônio cultural de Santa Cruz completa um ano e três meses desde que ingressou no Legislativo, em abril de 2019.

De autoria de Nasário Elizeu Bohnen, suplente do Progressistas, o projeto de lei 27/L/2019 nem chegou a entrar em votação e está arquivado desde o fim do ano passado. Pela proposta, o Poder Executivo, por intermédio das secretarias municipais de Cultura e de Educação e de outros órgãos da Administração, fica autorizado a impulsionar a valorização da língua alemã e a criar grupos de estudos e de trabalhos, para viabilizar uma programação regular e continuada de ações e atividades a serem desenvolvidas junto às escolas das áreas urbana e rural do município.

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A justificativa para o arquivamento, segundo o atual presidente da Câmara, Elstor Desbessel, é de que projetos não encaminhados à pauta ao longo do ano são arquivados. “Geralmente os projetos saem da pauta no fim do ano e, para que sejam votados, os autores têm que reingressar com eles. Neste caso, por Bohnen ser suplente, ele poderá permitir a um vereador titular que entre e tramite normalmente com a mesma matéria”, explicou.

Desbessel também afirmou que na época, quando o projeto ingressou, não houve objeção na Câmara. “Eu, assim como a maioria dos vereadores, achei a proposta bem interessante. Lamento não ter sido votada em tempo hábil, mas se reingressar, tenho certeza que, pela sua importância, passará por unanimidade”, disse.

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LEGADO

Nasário Bohnen lamentou a situação e garantiu que tomará providências para que o projeto reingresse na pauta. “No primeiro momento em que eu retornar à Câmara, vou enriquecê-lo e apresentá-lo. É uma forma de reconhecimento de um legado deixado pelos colonizadores que povoaram Santa Cruz do Sul.”

Conforme Bohnen, um dos motivos para torná-lo uma lei municipal é o fato de incentivar os jovens a dominar outros idiomas. “É uma questão de respeito com o passado e uma perspectiva para o futuro. Temos que incentivar nossos jovens a dominar idiomas e, em especial, o alemão. Isso servirá para futuros intercâmbios e são novas oportunidades que eles poderão ter”, observou.

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