Encurtar a distância entre o livro e o leitor. Esse é o propósito do Mala da Leitura que, após ter ficado sem atividades em 2020, em razão da pandemia, agora volta às escolas da rede municipal de ensino em Santa Cruz do Sul. O primeiro passo da retomada foi dado na última sexta-feira, 18, na Secretaria Municipal de Educação (SEE), quando coordenadores e representantes das 12 escolas envolvidas na ação receberam as malas repletas de obras literárias para serem disponibilizadas aos alunos.
A iniciativa, idealizada pela SEE, em parceria com a Chili Produtora, consiste em uma espécie de biblioteca itinerante. Uma maleta contendo um acervo composto por 30 obras nacionais e internacionais com reconhecimento pelos maiores especialistas em leitura é entregue às instituições. A ideia é que depois de um período de 40 dias as escolas troquem entre si as maletas, oportunizando o contato com os livros e estimulando o hábito e o gosto pela leitura ao maior número possível de alunos, desde a pré-escola ao nono ano do Ensino Fundamental. Até o final de 2021, cada escola terá recebido 120 livros.
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Como explica a coordenadora do Mala da Leitura na rede municipal, a supervisora Magda Righe, para colocar em prática a proposta, cada educandário definiu sua coordenação, que vai participar de duas etapas de formação – a primeira no próximo dia 28, de forma online, e a segunda, prevista para setembro, em formato ainda não estabelecido –, com oficinas práticas focadas na formação de novos leitores e no incentivo à leitura em sala de aula. “As coordenações serão as encarregadas de multiplicar a formação dentro da escola, portanto, terão autonomia para propor ações e organizar as atividades”, comentou.
Por conta da pandemia, a condução este ano será um pouco diferente do que ocorreu em 2019, quando a iniciativa começou nas mesmas 12 escolas onde agora terá continuidade. “Estamos vivendo um período mais restritivo e precisamos estar muito atentos às orientações do COE Municipal. Sabemos que este ano teremos que nos adequar, não vai dar para colocar a maleta na sala de aula e todo mundo sair manuseando os livros, devido aos riscos do contato. Mas com certeza, dentro dessa realidade, cada escola vai se organizar para tirar o melhor proveito possível deste projeto”, avaliou.
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Uma das ações propostas é a criação de um Clube de Leitura, com a participação de crianças de diferentes faixas etárias. Elas poderiam levar os livros para ler em casa, dentro de ecobags, e depois reunir-se em grupos para partilhar suas impressões, registrando tudo – fotos e depoimentos – em um Diário de Bordo. Outra atividade proposta é a realização de uma maratona envolvendo todas as escolas.
O Mala da Leitura é uma das ações que integra o Projeto Nos Trilhos da Leitura, viabilizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LIC). As obras permanecem nas escolas por empréstimo, portanto não há custos para a Prefeitura, além do transporte do material. Ao final do projeto os livros retornam para a Chili Produtora.
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