Um projeto que objetiva resgatar, multiplicar e conservar o material genético de erva-mate (Ilex paraguariensis) de árvores matrizes selecionadas nos remanescentes florestais nativos no Rio Grande do Sul começa a ser estruturado, como ação do Programa Gaúcho para a Qualidade e a Valorização da Erva-mate. As tratativas estão em andamento e a estruturação técnica e operacional em formação. O projeto tem previsão de início ainda neste ano, com intensificação nos cinco polos ervateiros do Estado a partir de 2021.
Desenvolvido em parceria com as instituições da cadeia produtiva ervateira, o projeto tem a finalidade de perpetuar para gerações futuras a base genética dos ervais gaúchos. A intenção é evitar uma perda irrecuperável desses materiais, que até então conseguiram sobreviver e evoluir diante das mudanças no uso da terra e a perda da cobertura de floresta nativa.
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O projeto prevê três etapas: resgate, multiplicação e conservação. A primeira delas consiste na identificação de cada árvore doadora do genótipo; a segunda na coleta e multiplicação do material identificado; e a terceira na conservação em bancos de germoplasma, constituídos para tal, e reintrodução dos materiais genéticos resgatados nos lugares de origem.
Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista da Emater/RS-Ascar, Ilvandro Barreto de Melo, embora o projeto tenha alcance estadual, a sua formatação seguirá a estrutura geográfica dos polos ervateiros gaúchos, com a finalidade de respeitar ao máximo a característica e distribuição das populações locais da espécie conforme cada região ervateira do Estado. “Devido à complexidade em que o projeto se insere, a participação multidisciplinar e interinstitucional será fundamental para que na prática os objetivos sejam alcançados”, avalia Melo.
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