O palco RSInovation, no Gauten Summit, recebeu, nesta sexta-feira, 25, a explanação de um projeto que está em andamento dentro da Univates, em Lajeado, em parceria com a Uergs e a Unisc. A doutora em Química e pesquisadora da Univates, Lucélia Hoehne, e a sócia-fundadora da Inovamate apresentaram o case “BioVales: em busca de compostos bioativos para a saúde”. A proposta é analisar os compostos de plantas alimentares não convencionais (Panc’s) de modo mais rápido, barato e sustentável do que as opções de mercado atuais.
De acordo com Lucélia, poucas pessoas sabem, mas a erva-mate é uma panc. Por isso, ela é o principal produto a ser analisado, já que é muito consumido no chimarrão, mas não tem o real valor reconhecido. O projeto Biovales foi um dos selecionados, no ano passado, no edital Inova RS, obtendo recursos para, até o fim do ano que vem, entregar uma metodologia de análise de bioativos alternativa.
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Ariana explica que, atualmente, o método disponível no mercado é caro, demanda muitos reagentes químicos e gera muitos rejeitos tóxicos. “É totalmente contrário à química verde, que tanto se fala hoje em dia”, afirmou. Além das universidades envolvidas, duas empresas, a Inovamate e a Syntalgae, também integram o projeto, que tem como objetivo desenvolver uma metodologia rápida, barata e que não agrida o meio ambiente.
A ideia é utilizar outro equipamento calibrado com quimiometria, a partir dos dados coletados na etapa atual do projeto, que consiste na análise convencional das plantas. “Será mais rápido, no máximo em um dia, e mais barato, facilitando a vida dos agricultores que cultivam esse tipo de planta. Vai acabar com os limitadores, que fazem com que os produtores não tenham noção do potencial dessas culturas”, disse Lucélia.
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Entre os componentes que devem ser analisados nas plantas e algas, estão betacaroteno, luteína e ácido clorogênico, elementos ricos em antioxidantes, capazes de regular e acelerar o metabolismo e proteger o fígado. Não por acaso, são muito cobiçados pela indústria de cosméticos e de farmácia. “É um meio de atrelar conhecimento científico às necessidades da comunidade. É sobre agricultura, economia, ciência, pessoas, empregos”, avaliou.
A estimativa é de que, inicialmente, 2.720 famílias produtoras de erva-mate sejam beneficiadas. Quem tiver interesse em saber mais sobre o projeto Biovales pode entrar em contato com as integrantes pelo e-mail [email protected].
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