Cerca de 150 alunos de quatro escolas municipais de Santa Cruz do Sul tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre o mundo do empreendedorismo, por meio de uma iniciativa da Secretaria Municipal de Educação, do Comitê de Governança e do Sebrae. As atividades foram realizadas ao longo do semestre e culminaram na 1ª Feira de Jovens Empreendedores (Jeep), realizada nesta quinta-feira, 21, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
Após uma solenidade no auditório central da Unisc, os adolescentes expuseram e comercializaram seus produtos no Centro de Convivência (CC). Entre os itens encontrados estavam bolachas, jardins de madeira, floreiras, casas de passarinhos, acessórios para decoração e casinhas de boneca. Os valores variavam de R$ 0,25 a R$ 25,00.
Conforme a secretária municipal de Educação, Jaqueline Marques, o objetivo das atividades foi incentivar os alunos a se autoconhecerem, a buscarem novos aprendizados e a terem o espírito de coletividade. “A ideia é desenvolver os estudantes para que possam visualizar oportunidades. Ensinar empreendedorismo na escola aumenta as chances de desenvolver líderes e jovens que vão saber lidar com seus problemas no futuro”, afirma.
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Presente na feira, a estudante do 9º ano da escola Menino Deus, Dienifer Raisa Queiroz, de 14 anos, afirma que a experiência foi enriquecedora. “Não tinha noção do que era empreendedorismo até participar do Jeep, já que todo mundo da minha família é empregado. Gostei bastante dessas atividades, não imaginava que seria tão legal.”
O espírito da coletividade também levou Andrieli Taina Weiss, de 14 anos, e os colegas da escola Cardeal Leme a pensarem em como aplicar o lucro em algo que beneficiasse o meio ambiente e a comunidade. “Percebemos que havia muito lixo no chão. Então decidimos vender bolachas e, com o lucro, comprar pneus para fazer lixeiras e espalhar em um ponto de ônibus e em comércios no entorno da nossa escola.”
De acordo com a secretária de Educação, o projeto piloto foi desenvolvido nas Emefs Cardeal Leme, José Leopoldo Rauber, Menino Deus e Frederico Assmann, com alunos do 6º ao 9º ano. “Deixamos as instituições livres para definirem os produtos. Algumas já tinham uma identificação com determinado setor, como é o caso da Menino Deus, que possui marcenaria. Os alunos puderam aprender a teoria e tinham ainda o espaço para a prática”, explica. A intenção, conforme ela, é ampliar o projeto para outras turmas.
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A presidente do Comitê de Governança, Carmem Lúcia de Lima Helfer, reforça o papel da entidade no desenvolvimento local, por meio de iniciativas como essa. “O programa existia em outras cidades, mas não em Santa Cruz. Ele é importante para que as escolas, desde o ensino fundamental, possam trabalhar com a cultura do empreendedorismo.” As atividades foram desenvolvidas durante as aulas e no contraturno. Os professores foram capacitados pelo Sebrae para abordarem o tema empreendedorismo.
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