Um grupo de adolescentes chamou a atenção de quem passou pela esquina das ruas Marechal Floriano e Júlio de Castilhos na manhã desse sábado, 26, em Santa Cruz do Sul. Posicionados na faixa de pedestre, enquanto os carros aguardavam no sinal vermelho do semáforo, encenaram uma situação em que uma jovem grávida, amordaçada, era vítima de manipulação e tinha seus direitos cerceados. Também apresentavam cartazes e faixa alusiva ao projeto Quebrando o Silêncio, promovido anualmente pela Igreja Adventista e cujo objetivo é justamente denunciar a violência psicológica. Nesta edição, o tema escolhido foi a violência contra a mulher durante o parto.
Evidenciado em nível nacional e internacional, com envolvimento das igrejas Adventistas do Sétimo Dia, o projeto teve a realização de atividades simultâneas em diversos países. No município, as ações foram na praça Getúlio Vargas e incluíram, além da “atividade de impacto” dos adolescentes, a entrega de 2,5 mil revistas e flyers.
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Conforme o líder administrativo da Igreja Adventista de Santa Cruz, Adriano Guazina, por tratar-se de uma temática presente na sociedade, a instituição tem como objetivo esclarecer os pais, para que tenham consciência do quanto esse tipo de violência pode afetar o desenvolvimento dos filhos; os adolescentes, para que previnam a gravidez precoce e relatem casos de abuso; e às pessoas, de modo geral, para que fiquem atentas e denunciem tais situações. “Temos estudos feitos mundialmente pela instituição e que dão atenção ao que a sociedade precisa debater em determinado momento.”
A também líder administrativa da igreja em Santa Cruz, Quetilce Constantino Guazina, destaca que o Quebrando o Silêncio se propõe a levar o conhecimento sobre a temática da violência para um número maior de pessoas e tornar de fácil acesso os canais de denúncia. “Se tu não sofre (violência), na tua volta certamente conhece ou ouviu alguém que sofreu com esse tipo de situação”, considerou ela. No ano passado, o projeto deu ênfase para o tema da violência psicológica e em 2021 para a violência infantil.
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Estatisticamente, lembra Adriano, as mulheres estão mais suscetíveis à violência estando grávidas. “Em muitos casos, o agressor não respeita o fato de a vítima estar gestante e segue praticando violência, inclusive sexual. Por isso, é necessário que se denuncie e que se fale a respeito disso”, frisou. As ações do Quebrando o Silêncio são evidenciadas sempre no quarto sábado do mês de agosto.
Ainda no sábado, a Igreja Adventista de Santa Cruz do Sul divulgou os clubes de Aventureiros e Desbravadores, outras extensões importantes da instituição e que contemplam crianças e adolescentes. No Brasil, os trabalhos iniciaram-se em 1950 com o Desbravadores, que se estende dos 10 aos 15 anos, e em 1979 com o Aventureiros, voltado a crianças de 6 a 9 anos. O responsável pelo Desbravadores, Jacson Plentz, explica que esses dois clubes visam resgatar valores que se perderam ao longo do tempo. “Trabalhamos o amor de Deus e buscamos fortalecer essas crianças e adolescentes no físico, no mental e no espiritual”, resumiu.
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O Aventureiros, com 15 membros, envolve-se em atividades sobre o cuidado com a natureza, a família e a educação, em encontros quinzenais aos sábados. Já o Desbravadores, com 35 integrantes, realiza atividades semelhantes às do movimento escoteiro, semanalmente, aos domingos. Os dois grupos têm encontros junto ao Parque da Oktoberfest e são abertos a qualquer interessado que tenha entre 6 e 15 anos. “Não precisa ser membro da instituição. São projetos abertos para quem quiser participar”, reforçou Plentz.
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