O lançamento da primeira etapa do projeto de restauração da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, de Rio Pardo, ocorrerá nesta quinta-feira, 3, às 18 horas, no salão paroquial. Esta fase de obras prevê a intervenção na estrutura de suporte de cobertura da nave, comprometida pela infiltração de água da chuva e ação dos cupins. Também inclui a proteção e remoção dos bens integrados, escoramentos e montagem de andaimes metálicos e infraestrutura para oficina e espaço para operadores.
Construída entre 1774 e 1779, a edificação é patrimônio tombado pelo município desde 1980 e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (Iphae) desde 2010. Simboliza a história viva da colonização portuguesa no Vale do Rio Pardo. O arquiteto Edegar Bittencourt da Luz, responsável pela execução dos projetos, tem vasta experiência na área e já trabalha na pesquisa e levantamento dos danos na Igreja Matriz há algum tempo. A Cult Assessoria e Projetos Culturais é especializada na gestão de planos ligados ao patrimônio arquitetônico.
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Todas as etapas do processo serão acompanhadas e fiscalizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A iniciativa conta com financiamento aprovado na Lei de Incentivo à Cultura (LIC) do Sistema Pró-Cultura do governo do Estado, no valor de R$ 1.915.004,34. Para a plena execução, a adesão de empresas patrocinadoras é fundamental. Informações sobre como participar podem ser obtidas com a captadora Jacqueline Sanchotene, da Jac Sanchotene Marketing Cultural, por meio dos telefones (51) 3279 5424 e (51) 99880 9129.
Importância histórica
A cidade de Rio Pardo teve papel importante na defesa das terras portuguesas no período em que os espanhóis reivindicavam o território por meio do Tratado de Madri. Assim, Rio Pardo passou a ser o centro das operações militares portuguesas no processo de delimitação das fronteiras, com a construção da Fortaleza Jesus Maria José, em 1752. Perto dessa fortificação teve início a povoação da cidade, no final do século 18. E com o povoamento veio a necessidade da construção da igreja, entre 1774 e 1779, uma estrutura rústica, de taipas de barro. Com 1.756 metros quadrados, ela possui sete altares de madeira de origem barroca e sacadas.
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Além dos detalhes arquitetônicos que registram a memória do município, a Igreja Matriz tem um importante acervo, em que se destacam as imagens religiosas Nossa Senhora do Rosário, principal; Nossa Senhora das Dores; Santa Bárbara; São Benedito, da Irmandade dos Homens Pretos; Espírito Santo; Nossa Senhora da Conceição; Santa Maria; São Francisco de Paula; São Miguel e Santo Antônio, em estilo barroco tardio; pinturas murais internas por especialistas italianos, possivelmente na técnica de afresco; forro em madeira policromada com destaque para as imagens dos quatro evangelistas – Mateus, Marcos, Lucas e João – e de Maria e Jesus Cristo; a imagem articulada em cedro policromado, do Senhor Morto – Jesus Cristo na Cruz e um crucifixo em madeira policromada e mausoléu do Barão do Triunfo (monumento funerário onde esteve sepultado o general Andrade Neves, nobre militar rio-pardense do século 19).
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