As alunas Brenda Eckel Machado, Cheila Carine Seibert e Tamara Francine da Silveira, sob a coordenação do professor Alex Carvalho Brino, do curso de Arquitetura da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), participaram de uma disputa internacional de projetos. A promoção da Archstorming possibilitava a profissionais e estudantes da área apresentarem ideias para a instalação de uma escola da rede Enko, em Mali, na África. As estudantes foram informadas, na última quinta-feira, que receberam menção honrosa pelo projeto.
A intenção, conta o professor, é criar a solução para um dos terrenos da instituição, mas que, depois, deve ser reproduzida em todo o continente, sofrendo adaptações de acordo com as áreas. “Estamos falando de projetos de todo o mundo. Do Brasil, dois foram selecionados: o nosso e um de São Paulo”, diz Brino, que destaca a complexidade da elaboração de um trabalho como esse. “Estudamos muito profundamente como é o clima, a religião, as relações entre as pessoas e quem estudará nessa escola até pontos como a evasão escolar e a comunidade na qual está inserida”, relembra.
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Entre a data do início das pesquisas e a finalização, foram 45 dias de intenso trabalho. “Sobre a sensação do resultado, parece que agora que está caindo a ficha da magnitude do projeto. Com certeza é muito gratificante ter um trabalho reconhecido, especialmente esse que demandou tanta dedicação e que fizemos com tanto carinho”, diz Brenda. Ela reforça o poder transformador da arquitetura e o quão positivo é participar de projetos como esse, ainda como estudante.
No concurso, cem trabalhos ficaram entre os selecionados. O primeiro lugar foi para o Equador; Portugal teve projeto em segundo; Malásia em terceiro e Chile e Brasil, menção honrosa especial. Polônia, Colômbia (duas vezes), Canadá, Austrália, Espanha, Turquia, Índia e Irã também receberam menção honrosa.
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O professor Brino acredita que um dos diferenciais do que foi apresentado pelo seu grupo é a capacidade de realização da obra. “É um projeto muito realista, o que incentivamos no curso de Arquitetura: fazer projetos que possam ser construídos de verdade e não apenas devaneios arquitetônicos”, explica.
O foco nos levantamentos sobre as características locais não fez perder a identidade brasileira. Brino frisa que foi possível colocar um pouco da cultura nacional no trabalho. “A gente escreveu no projeto que queria atender à necessidade deles, mas permitir integração com a nossa cultura. Toda a parte de desenho de espaço aberto foi muito inspirado no paisagismo brasileiro.”
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