A área de relações internacionais aborda, basicamente, questões que envolvem história, política e economia na dimensão internacional para entender o que se passa no mundo. O entendimento é importante para perceber como o movimento dos chamados players internacionais reflete no contexto local e como as empresas locais podem atuar internacionalmente no estabelecimento de parcerias. Esses são os objetivos do projeto de extensão “O Mundo Aqui: Relações Internacionais na sala de aula”, desenvolvido pela Univates em parceria com escolas de Ensinos Fundamental e Médio do Vale do Taquari.
O projeto chega em 2017 ao seu terceiro ano de execução. Alunos de Relações Internacionais e de História, em conjunto com professores da Univates, levam para as escolas temas atuais e históricos referentes às relações internacionais. Em 2016, foram realizadas atividades em oito escolas de cinco municípios da região, atingindo mais de 400 alunos.
Conforme Mateus Dalmáz, coordenador do projeto e professor dos cursos de Relações Internacionais e História, os assuntos atraem a atenção dos alunos porque estão na agenda do debate público e os estudantes sabem que precisam estar “antenados”, afinal, os temas podem ser abordados em provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), vestibulares ou concursos públicos.
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Além disso, a expansão de empresas para outros mercados, que tem recebido cada vez mais atenção por parte das organizações, também é trabalhada nas escolas. “O mercado está muito forte na internacionalização de qualquer tipo de negócio. Existe uma demanda grande de empresas na região que gostariam de atuar internacionalmente. O formado em Relações Internacionais pode ajudar nisso, internacionalizando a empresa, fazendo contato com parceiros no exterior”, explica Dalmáz.
Incentivo à tomada de decisões
As discussões ocorrem a partir da demanda das escolas sobre temas que elas gostariam de abordar em sala de aula. Uma vez que o assunto é definido, a equipe do projeto, formada por dois professores e cinco alunos, estuda o tema para trabalhá-lo em sala de aula. Também acontecem ações maiores, como a simulação de uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), na Univates, organizada com alunos do Colégio Madre Bárbara, de Lajeado.
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Nessa atividade, os estudantes se colocam como membros da ONU e defendem os interesses de seus países, discutem questões envolvendo a segurança e a paz no mundo e propõem soluções para conflitos internacionais a partir de pesquisas que realizaram. “Na prática, os alunos são estimulados a pensar como se eles fossem os países ou as organizações internacionais e eles têm que tomar decisões. O projeto simula processos de decisão em relações internacionais”, explica Dalmáz, que cita um exemplo: “Em vez de se fazer uma palestra sobre a política internacional dos EUA, os alunos são levados a pensar como se eles fossem os EUA e o que eles fariam diante de uma situação simulada”.
Dalmáz considera essa fórmula mais produtiva para o aprendizado. “Fica mais fácil de eles compreenderem por que determinado país ou organismo atuou de tal modo, por que se calou diante de tal situação. A política internacional é muito marcada por isso”, afirma.
O coordenador de “O Mundo Aqui” explica que, na política interna, estuda-se sempre a relação entre Estado e sociedade civil, o que é diferente no âmbito externo. Enquanto, em questões domésticas, a ideologia do partido que está no poder tem grande influência, internacionalmente outros fatores têm grande peso. “O projeto faz o aluno pensar sobre a relação do Estado com outros Estados, sobre a relação dos atores internacionais.”
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Escolas que tiveram atividades do projeto “O Mundo Aqui”:
Saiba mais
Mais informações sobre o projeto e sobre como participar podem ser solicitadas na sala 220 do Prédio 7, pelo e-mail extensaori@univates.br ou pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5348.
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