O projeto Identificação e Recuperação de Áreas Degradadas na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, elaborado pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), foi um dos selecionados no Estado para ter recursos do Fundo Para Recuperação de Bens Lesados (FRBL). A universidade recebeu R$ 520 mil, que serão investidos inicialmente na elaboração de um diagnóstico das áreas a serem recuperadas e depois na execução desses serviços. O fundo distribuiu R$ 2 milhões para quatro iniciativas.
Conforme a coordenadora, professora Priscila Pacheco Mariani, o projeto foi um desafio que demandou a atuação de vários profissionais da Unisc. “O edital exigia um orçamento, mas como vamos orçar algo que precisamos recuperar se não conhecemos efetivamente?” Segundo ela, os últimos estudos realizados são antigos e isso exigiu uma estruturação diferenciada. “A proposta foi desenhada pensando em duas grandes etapas: primeiro vamos diagnosticar a estrutura que temos no rio e quais são as áreas mais deficitárias. A partir disso, então, vamos atuar”, explicou em entrevista à Rádio Gazeta.
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Esse diagnóstico permitirá a criação de um projeto executivo detalhado que servirá de base para definir quais ações serão tomadas e quais os custos. Outro diferencial da Unisc é que todos os profissionais necessários para os trabalhos estão disponíveis na universidade, desde os cursos de engenharia até áudio e vídeo e publicidade. Além disso, há espaço para os alunos. Em parceria com o professor Rudinei Kopp, os estudantes de Publicidade e Propaganda desenvolveram uma marca. “Foram várias pessoas trabalhando junto e pensando em como colocar no papel aquilo que queremos passar”, conta Priscila.
A partir dos estudos do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo (Comitê Pardo), alguns trechos preocupantes já estão identificados e receberão atenção especial. Ainda assim, uma empresa será contratada para conduzir os profissionais de barco ao longo do rio, com o objetivo de realizar o diagnóstico completo com imagens. “A partir disso vamos pontuar não apenas as áreas mais críticas, mas também avaliar quais serão os ganhos para o todo se atuarmos em determinado espaço. O que buscamos é qualidade de água e do solo”, ressalta a coordenadora.
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O prazo para a execução é de cinco anos. Parece um longo tempo, mas a coordenadora o considera curto, tendo em vista que se trata de recuperação ambiental. “Precisamos não apenas implantar a técnica, mas também monitorar e ver se está surtindo efeito”, observa. A verba repassada contempla todo esse período, mas precisou ser atualizada em função da alta nos preços dos insumos. “O teto era 500 mil e nós acabamos passando um pouco, mas foi aprovado por ter sido muito bem justificado. Se não conseguirmos executar o que estamos propondo nesse prazo, teremos de justificar.”
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