A Prefeitura de Santa Cruz espera concluir em 30 dias a atualização do projeto de reforma da Estação Rodoviária. Com isso, a expectativa é de que a obra no complexo, que sofre com deterioração, comece ainda neste ano.
Inaugurado há 39 anos, o prédio, que pertence à Prefeitura, jamais passou por uma revitalização profunda. Em 2019, a Defesa Civil identificou uma série de problemas, incluindo bases de pilares danificadas pela corrosão. Na ocasião, o laudo técnico recomendou o isolamento da edificação onde funcionava o restaurante e uma intervenção geral imediata, sob pena de as condições avançarem para estado crítico em um curto espaço de tempo.
O governo decidiu resgatar um projeto elaborado em 2015 por uma arquiteta do Município e atualizá-lo, inclusive porque a situação do complexo se agravou de lá para cá. Conforme o engenheiro Dorli Pereira da Silva, que atua na Secretaria Municipal de Planejamento, o trabalho está em fase final. Como a Prefeitura não dispõe de pessoal especializado e equipamentos próprios para uma intervenção desse porte, a reforma será executada por uma empresa licitada. A previsão é de que o edital seja lançado no mês que vem. Caso o cronograma se confirme, será possível ter uma empresa contratada por volta de setembro. “Não será possível concluir a obra este ano, mas em 2022, com certeza, teremos uma Rodoviária renovada”, observou.
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Uma das prioridades, segundo Dorli, é a revitalização total dos banheiros, que estão completamente deteriorados. O projeto também vai prever a troca de toda a parte elétrica, que está obsoleta. “Não tem como manter um fio”, observou Pereira da Silva. Também devem ocorrer pinturas, substituição de azulejos e reparos no piso – que, em alguns pontos, foi comprometido pela expansão subterrânea de raízes de árvores – e na iluminação.
Outro ponto sensível é a cobertura, que está muito danificada pela queda de pedaços de caules e folhas que mantêm as telhas úmidas por longos período. A ideia é cobrir toda a extensão do telhado com um manto asfáltico, o que também reduziria o ruído em dias de chuva. Quanto às estruturas que sustentam a platibanda, em boa parte corroídas por infiltrações e falta de manutenção, devem ser totalmente renovadas.
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Investimento pode chegar a R$ 2,5 milhões
Quando o projeto original foi concebido, a obra era orçada em R$ 1,6 milhão. Com a revisão, o valor deve chegar a próximo de R$ 2,5 milhões, já que foram acrescentadas algumas intervenções que não estavam previstos – como o manto asfáltico para o telhado, por exemplo. O governo ainda definirá se irá bancar o investimento com recursos próprios ou se utilizará parte da verba captada durante o governo Telmo por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa 2).
De acordo com Dorli, com a interdição da área do restaurante, não há risco para as pessoas que circulam no terminal – o movimento é muito inferior ao normal hoje, em função da pandemia e da desocupação das lojas. Segundo o engenheiro, caso a situação em algum outro ponto se agrave antes de a obra ser concluída, não está descartada outra intervenção, como isolamento de uma área, por exemplo.
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O Grupo Santa Cruz, que detém a concessão para venda de passagens, paga aluguel de R$ 8,1 mil mensais para manter a área dos guichês, escritórios, lancherias e setores de embarque e desembarque da Rodoviária. O restante do prédio está sob responsabilidade do Município. O governo realiza atualmente melhorias no entorno do terminal, drenagem, pavimentação asfáltica e sinalização.
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