Educação

Projeto Autor Presente reforça incentivo à leitura no Colégio Monte Alverne

O Projeto Autor Presente, já com 35 anos, se fez presente novamente nessa sexta-feira, 23, na história de 75 anos do Colégio Estadual de 1º e 2º Graus Monte Alverne. Uma tarde dedicada à literatura, a suas histórias e importância na vida das pessoas, marcou o encontro de alunos e docentes com o professor e escritor Sergius Gonzaga, com larga atuação nessa área em Porto Alegre e no Estado.

Ainda participaram como convidados o professor e escritor Elenor Schneider, amigo de longa data de Sergius e que intermediou sua vinda, e o jornalista e escritor Benno Bernardo Kist, da Academia de Letras de Santa Cruz do Sul e colunistas da Gazeta do Sul.

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A diretora Márcia Sehnem Redieske e o atual vice e ex-diretor Nelson Jandrey evidenciaram a relevância desse projeto, iniciado em 1989. A cada ano o Autor na Escola traz um escritor, cujas obras são lidas e estudadas no educandário. Os estudantes buscam expressar seu significado em apresentações e encenações no dia da presença do autor, que vem trazer a sua mensagem.

O projeto foi introduzido pelo então professor na escola Elenor Schneider. Ele colocou como desafio e condição primordial a ampliação da biblioteca e a formação de mais leitores, o que foi atingido. Schneider reiterou o poder transformador da leitura, firsando que “quem aprende a ler caminha sozinho”.

O jornalista Benno Kist, que é natural da região e retrata em seus livros histórias da terra, testemunhou o belo trabalho da escola direcionado para esse incentivo. Na avaliação dele, o Projeto Autor Presente e se torna fundamental no desenvolvimento cultural da comunidade.

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O próprio autor homenageado neste ano, Sergius Gonzaga, como professor universitário há 49 anos, observou o que, segundo ele, “não é muito comum: o livro ocupa um lugar importante na vida dos alunos, que mostram interesse e alegria em ler, e os professores ensinam o que precisam: a paixão pelo livro”.

Os alunos também fizeram encenações

Gonzaga, autor de livros como o Curso de Literatura Brasileira e de contos como O hipnotizador de Taquara, sua terra natal, e sobre escritores gaúchos consagrados como Erico Verissimo e Josué Guimarães, lançou também um desafio: quem seria capaz de ler a trilogia O tempo e o vento, de Verissimo, com 2.200 páginas no total. Depois de um ano, iria perguntar se gostaram ou não: se não, compraria de volta e doaria a alguma biblioteca.

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O autor falou da grande obra escrita por Erico entre 1947 e 1962, contando a história do Estado por meio de duas famílias que se entrelaçam. E reforçou “a relevância de um livro, que é o que fica como testemunha da história e suas lições que precisam ser aprendidas, assim como devem ser mais ouvidos os que viveram mais”.

Curta-metragem e livro

Os alunos do Ensino Médio realizaram várias apresentações sobre livros de Sergius Gonzaga, como O hipnotizador de Taquara, e em especial sobre as obras citadas de Verissimo: O tempo e o vento, e, em particular, Ana Terra e Incidente em Antares. Sobre este, chegou a ser feito e apresentado filme curta-metragem, com alunos do 3º ano, que, junto com outras encenações, mereceu muitos aplausos. Chamou atenção também o entusiasmo dos estudantes pelas obras abordadas.

A direção enfatizou que a escola aceitou o desafio da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) em proposição para os alunos escreverem histórias da imigração alemã no Estado e região, em comemoração neste ano, a partir de relatos de suas localidades. O colégio desenvolveu o trabalho em quatro categorias, desde a terceira série do Fundamental até a terceira do Médio, e concedeu certificados para os cinco textos mais destacados em cada. Também há previsão de lançamento de livro com esse material. A representante da CRE, Margarete Rodrigues, enalteceu a motivação dos professores e dos alunos. E reforçou: “Quem lê, melhor vê o mundo e melhor fala sobre ele”.

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Bruno da Silveira Bica

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Bruno da Silveira Bica

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