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Programa plantou mais de 70 árvores nativas

O plantio de mudas de árvores nativas, protegidas com gradil, na área central de Santa Cruz do Sul tem chamado a atenção. A ação é fruto do projeto Adote uma árvore, desenvolvido desde 2011, numa parceria entre a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass), Escoteiros Santa Cruz 181/RS e a empresa Reflorest. Até o momento, a iniciativa já resultou no acréscimo de 70 mudas nas ruas Ernesto Alves, Assis Brasil, Venâncio Aires e Carlos Trein. 

A bióloga Daiane Geiger, da Semass, explica que a quantidade de árvores poderia ser maior, pois já foram plantadas em torno de cem. No entanto, atos de vandalismo destruíram parte delas, com a retirada de gradis. Também faltam voluntários para a mão de obra e mais adesão da comunidade. 

Outra dificuldade é a ausência de canteiro em algumas calçadas, porque foram concretadas. Mudas não faltam, pois são obtidas pela secretaria em processos de compensação ambiental. No projeto, cabe à Semass o fornecimento de material – tela para o gradil, placas e mudas, mais a orientação técnica para escolha das espécies e implantação. A Reflorest contribui com mão de obra e maquinário, e os escoteiros fazem a sensibilização de adotantes e auxiliam no plantio. 

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Nos fins de semana dos dias 27 de maio, 24 de junho, 22 de julho e 19 de agosto, novas ações de plantio de mudas vão envolver moradores e comerciantes da ruas Tenente Coronel Brito, Galvão Costa, Marechal Deodoro, Thomaz Flores e Gaspar Silveira Martins.

Objetivo é ordenar o plantio nas calçadas

As espécies utilizadas são definidas pela secretaria a partir da avaliação do lugar em que serão implantadas. O morador ou responsável pelo imóvel mais próximo ao ponto de plantio é convidado a participar do projeto, com a adoção de uma árvore nativa indicada pela pasta. Na Rua Venâncio Aires esquina com a Ramiro Barcelos, por exemplo, uma muda foi adotada pela equipe de uma loja. 

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O sócio-proprietário da empresa, Régis Klafke de Oliveira, gostou do programa. “Nos dias atuais é bem interessante, porque estamos vivendo uma situação de destruição. Toda e qualquer ação que ande de mãos dadas com a natureza é muito bem-vinda”, ressaltou Oliveira. 


Oliveira e sua equipe adotaram uma planta: “Ação bem-vinda”. Foto: Lula Helfer.

Conforme Daiane, é proibido o plantio de ingazeiro, ingá-feijão, ligustro, canela tempero, cinamomo e figueira Benjamim, conforme a Lei Municipal 6.447/2012, seja pelo porte, pela produção de frutos, pelo sistema radicular agressivo que possuem ou por serem potencialmente alérgicas. Na hora de fazer o plantio, é fundamental consultar quem entende do assunto. Sete capotes, capororoquinha, capororocão, cocão, camboatá, quaresmeira, manacá, por exemplo, são todas espécies nativas e adequadas ao passeio público. 

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O programa, que nasceu de iniciativa do Ramo Pioneiro dos Escoteiros Santa Cruz 181/RS, busca ordenar o plantio nas calçadas. Conforme a diretora de escotismo do grupo, Carmem Koehler, os escoteiros constataram que várias pessoas estavam construindo e cortando árvores, mas não estavam repondo. 

Baseado nessa constatação, o Pioneiro fez um levantamento nas principais ruas, mapeando-as e fotografando onde não havia árvores. Depois montou um dossiê e levou à Secretaria  do Meio Ambiente, ato que estimulou a criação do projeto. Interessados podem entrar em contato com a Semass pelo telefone (51) 3902 3611. n

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