Neste mês em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres Rurais, as jovens participantes do Programa “Nós por Elas – A voz feminina do campo” estão envolvidas nas gravações dos boletins de rádio decorrentes do aprofundamento de pesquisas e reflexões feitas desde agosto. Neste ano, dez meninas gaúchas e catarinenses participam da oitava edição da iniciativa do Instituto Crescer Legal, que busca abordar questões de gênero no meio rural e promover maior conscientização sobre o papel das mulheres.
Resultado de parceria entre o Instituto e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), a ação capacita egressas do Programa de Aprendizagem Profissional Rural do Instituto com foco na área de comunicação, preparando-as para se tornarem multiplicadoras de conhecimentos por meio de programas de rádio. Neste ano, as jovens se propuseram a tratar de quatro temas centrais: o que é feminismo; creches no meio rural; mãe solo; e saúde da mulher.
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Estão participando meninas do Rio Grande do Sul – vindas de Novo Cabrais, São Lourenço do Sul e Rio Pardo – e também de Itaiópolis, Santa Catarina. Os encontros, realizados boa parte no formato online, permitem que as participantes de diferentes regiões dividam suas experiências e reflexões em torno dos desafios vividos pelas mulheres do meio rural. As jovens já tiveram aula com professores do Departamento de Comunicação da Unisc, realizaram entrevistas com pessoas próximas – como mães, avós, amigas, colegas de aula e professoras –, discutiram temas para os boletins e fizeram exercícios de escrita de roteiro.
Até o final deste mês, as participantes devem finalizar as gravações dos boletins que serão divulgados em programas de rádio de entidades parceiras do Instituto, como a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e sindicatos dos produtores rurais. Os áudios também serão disponibilizados para download no site do Instituto Crescer Legal e disseminados em agência de notícias de rádio por meio de parceria com o SindiTabaco.
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De 2017 a 2023, o “Nós por Elas” já teve a participação de 52 meninas, que produziram 27 boletins sobre os mais variados temas acerca do universo feminino no campo. A iniciativa visa olhar para um mundo com mais respeito à diversidade de gênero e valorizar e desenvolver jovens do meio rural. A promoção de reflexões sobre questões de gênero, a troca de experiências e a capacitação na área da comunicação torna as jovens multiplicadoras de conhecimento adquirido sobre temas sensíveis à realidade feminina no campo.
A educadora social Maria da Graça Vieira conduz as atividades do programa desde 2019. “Noto evolução em diversos aspectos, desde a forma de se comunicarem, passando pela escolha dos temas relevantes às causas femininas e até mesmo percebendo nelas maior segurança ao se posicionarem nas comunidades onde residem”, diz. “O rádio tem um papel educativo quando apresenta temáticas que estimulem a reflexão e que podem gerar mudanças de atitude nos ouvintes, contribuindo assim para uma sociedade mais saudável, justa e igualitária”, completa Maria.
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