O serviço Família Acolhedora, lançado em Santa Cruz do Sul em novembro do ano passado, está com uma adesão significativa, de acordo com Mônica Pitrowsky, coordenadora do programa no município. No momento, duas famílias estão em processo de finalização da capacitação para receber as crianças e adolescentes em suas casas.
Para Mônica, esse é um número importante para os profissionais envolvidos. “Nossa legislação foi lançada em março do ano passado. Em novembro começamos efetivamente a publicidade desse serviço e na primeira semana tivemos algumas famílias inscritas”, disse em entrevista ao programa Estúdio Interativo da Rádio Gazeta 107,9 FM.
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O objetivo do serviço é cadastrar e capacitar famílias para receberem, por um período determinado, crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, retirando-as do acolhimento institucional e proporcionando carinho, atenção e afeto, até que elas possam definitivamente voltar ao seu lar.
Mônica enfatizou que o acolhimento familiar é de no máximo 18 meses. “É um lar temporário, não uma adoção. Temos que deixar claro que o serviço é uma medida provisória e excepcional. A finalidade é que a criança ou o adolescente possa retornar à família de origem, para que a situação que originou esse afastamento possa ser superada”, explicou.
Durante a entrevista à Rádio Gazeta, a diretora de Desenvolvimento Social, Priscila Froemming, lembrou de quando a iniciativa começou a ser pensada para Santa Cruz. Ela citou os entusiastas do programa, o líder do governo na Câmara, Henrique Hermany; a prefeita Helena Hermany; a titular do Juizado Regional da Infância e da Juventude, juíza Lísia Dorneles Dal Osto, e a promotora de Justiça Daniele de Cássia Coelho.
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“É um serviço minucioso, que temos que fazer com toda a segurança e seriedade. Há estudos que comprovam o desenvolvimento cognitivo de crianças que crescem em famílias acolhedoras e o efeito futuro é impressionante”, destacou.
Priscila falou ainda sobre os serviços de acolhimento no município. Em Santa Cruz, há quatro instituições que recebem crianças e adolescentes entre 0 e 18 anos e entre 12 e 18 anos. No total, 65 são atendidas e o investimento da Prefeitura ultrapassa R$ 300 mil. “Essas crianças poderiam estar com uma família. Não que esses serviços não sejam bons, mas não tem como um monitor ou educador dar atenção para dez adolescentes como uma família dará para um. É esse tipo de olhar que a sociedade deve ter acerca da família acolhedora.”
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A diretora de Desenvolvimento Social destacou também a questão financeira. “O Município sempre amparou as crianças e ajudou as entidades. Mas são valores que poderíamos investir em prevenção e outras políticas públicas”, analisou.
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Tempo de acompanhamento e capacitação
Para participar voluntariamente do serviço, o interessado deve ser maior de 18 anos, residir em Santa Cruz, não ter antecedentes criminais e ter disponibilidade, tanto afetiva quanto emocional, para participar dos acompanhamentos e da capacitação. Além disso, o âmbito familiar deve estar em concordância com a iniciativa.
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“É algo que mexe com a estrutura de uma família, então ela precisa estar de fato preparada. É um longo processo de avaliação. O tempo de habilitação vai depender da disponibilidade e a equipe estará se adaptando e construindo esse caminho junto da família acolhedora, porque é um serviço de construção conjunta”, explicou Mônica Pitrowsky.
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Após verificar se está dentro dos critérios estabelecidos na legislação do município, o interessado deve entrar em contato para se inscrever no serviço. O cadastro pode ser realizado pelo site https://www.santacruz.rs.gov.br/conteudo/familia-acolhedora. Para mais informações e tira-dúvidas, estão disponíveis o telefone da Secretaria de Habitação, Desenvolvimento Social e Esporte (3715 1875), o Instagram @familiaacolhedora.scs ou o e-mail famí[email protected].
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Assim que efetuada a inscrição, é necessária uma formação de 20 horas e uma visita domiciliar. Apesar de ser um trabalho voluntário, a legislação prevê um subsídio de um salário mínimo por criança ou adolescente acolhido. “Esse recurso é para auxiliar nos gastos, ele não é um pagamento para a família”, afirmou a coordenadora.
Colaborou Ronaldo Falkenback.
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