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Programa Brasil Mais Produtivo reserva 330 vagas para RS

“O Brasil tem pressa, precisamos avançar, e que o setor produtivo volte a crescer”, disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, ao lançar, nesta sexta-feira, 7, na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), o Programa Brasil Mais Produtivo. A iniciativa busca atender a 3 mil empresas industriais de pequeno e médio porte do País para aumentar em pelo menos 20% a produtividade, alcançando ganhos com técnicas de manufatura enxuta. Para o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, o programa tem plena sintonia com o sentimento da entidade. “Queremos crescer. Queremos que a economia brasileira se desenvolva. Mas, infelizmente, ainda temos amarras que sufocam os setores produtivos”, ressaltou.

Segundo o ministro, em algumas das primeiras empresas atendidas desde o lançamento nacional do programa, em abril, o aumento da produtividade alcançou até 80%, mas a média tem se mantido em 50%. No  Estado, das 330 vagas reservadas para os setores moveleiro, de calçados e vestuário, alimentos e bebidas e metalmecânico, 220 já foram cadastradas. A  ideia, posteriormente, é incluir novos Arranjos Produtivos Locais. De acordo com Pereira, durante três meses a empresa recebe uma consultoria, que no caso do Rio Grande do Sul será feita pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS). “Os funcionários vão se reciclar e estarão adaptados a esta nova forma de produção, que busca eliminar desperdícios e aumentar a economia. Com isso, crescerá a produtividade e, consequentemente, a competitividade das empresas”, observou.

Nesta primeira etapa, que vai até 2017, serão investidos RS$ 50 milhões para a realização do programa. Mas o ministro adianta que a ideia é ampliar para 5 mil ou 6 mil empresas atendidas em uma segunda etapa.

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Ao destacar a importância do Programa Brasil Mais Produtivo, o presidente da FIERGS lembrou, entretanto, que este tipo de iniciativa não pode vir de forma isolada. Outras mudanças são fundamentais. “Todos aqui conhecem os problemas que reduzem a nossa competitividade, e o ministro acompanha de perto essas questões. Temos uma pesada carga burocrática, que não produz nada, nenhum parafuso a mais. A burocracia se soma à complexidade do nosso sistema tributário, cujos regramentos exigem pós-graduação para serem cumpridos. O mesmo acontece com a legislação trabalhista, que merece a modernização de seus dispositivos a fim de gerar crescentes oportunidades para os cidadãos brasileiros. Tudo isto coloca o Brasil em desvantagem no mercado mundial”, reforçou Heitor José Müller.

O governador José Ivo Sartori afirmou que, se existe uma agenda importante para o País neste momento, esta é a da retomada do crescimento econômico. “Isso se dá com o engajamento nacional. Queremos pressa na reforma da Previdência, é o maior gargalo daqui para a frente”, disse Sartori.

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