A prática de exercícios para perder peso, aumentar a musculatura ou mesmo preparar o condicionamento físico pode apresentar riscos para a saúde sem uma orientação correta. Encarregados de montar o treino conforme a exigência e singularidade de cada usuário, os monitores de academia ou personal trainers prescrevem as séries de exercícios respeitando aspectos posturais e os limites de cada indivíduo. Também ficam incumbidos de explicar a função de cada atividade e a velocidade com que devem ser executados. Regulamentada desde 1998, a profissão é regida pelo Conselho Federal de Educação Física e somente profissionais formados ou que estejam em vias de se graduar (sob a orientação de outro graduado) podem atuar junto às academias. Quem não se encontra nestas condições não pode treinar e está infringindo a lei.
Conforme o professor do curso de Educação Física da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Oli Limberger, a atuação do profissional formado é de extrema importância, pois o mesmo, ao longo de toda a graduação, aprende a trabalhar com a musculatura e está capacitado a oferecer segurança em cada treino. “A pessoa que escolhe ser treinada por alguém que não passou pela universidade corre o risco de sofrer um comprometimento na postura. Alguns usuários, aliás, já chegam na academia com problema na coluna. Se o profissional não está habilitado, o quadro pode se agravar”. Limberger informa que muitas academias que não respeitam a exigência estão sendo fechadas no interior do Rio Grande do Sul.
Outro desafio do profissional que atua nesses ambientes, segundo avalia o proprietário de uma academia em Santa Cruz, Hilton Flores, é a informação. “Hoje o cliente não chega mais ‘cru’. Ele já leu e se informou sobre treinos e questiona sobre o que está sendo proposto de exercício. Por isso a importância de o profissional estar bem preparado”. Flores, que também é profissional de Educação Física e trabalha há 25 anos na área, acrescenta que a atividade física ideal numa academia abrange os pilares segurança, eficiência e motivação.
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O estudante de Direito, Leonardo Cayque, 21 anos, procurou a prática de exercícios para adquirir mais condicionamento físico. Segundo ele, tem sido de extrema importância a assistência concedida pelo monitor. “Logo na primeira semana a minha postura estava errada e ele sempre me corrigia. Agora já aprendi, mas sempre tem algum profissional me observando e orientando.”
Dicas na internet exigem cuidado
As dicas de treinos e até mesmo de alimentação proferidas por blogueiras ou celebridades fitness em revistas e na internet exigem atenção.
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Para Hilton Flores, o ideal é que as pessoas procurem uma orientação profissional antes de executar os exercícios. “Hoje existe essa cultura do corpo perfeito e isso nos deixa preocupados, pois a estética, algumas vezes, acaba vindo à frente da saúde.”
Monitor e personal: como escolher?
Conforme o professor Oli Limberger, a principal diferença entre o monitor de academia e o personal trainer é que o segundo oferece um treinamento individualizado ao usuário, que muitas vezes têm o tempo escasso e precisa de um treino mais curto e intenso. “Independente da escolha, ambos estão habilitados a prescrever um treino adequado”, diz.
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Hilton Flores complementa que a escolha também varia conforme o perfil de cada aluno. “Tem pessoas que preferem fazer o exercício sozinhas e recorrem ao monitor quando têm dúvidas. Outras precisam de alguém que motive durante todo o treino, aí escolhem o personal”, avalia.
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