O atraso no pagamento salarial de funcionários, médicos e fornecedores do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo, em Rio Pardo, chega a dois meses e meio. A situação foi questionada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que vem acompanhando o caso. Atualmente, o Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (Iahcs) é o gestor da casa de saúde.
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Por meio de nota, o diretor do Simers Região Sul, Marcelo Sclowitz, cobrou uma postura do governo estadual – que assumiu a administração do Hospital Regional pelos próximos 20 anos. “O que está sendo praticado pelo Iahcs, que está deixando a administração do hospital, é aviltante. A postura do governo do Estado, dono do hospital e responsável pela contratação de empresa para sua gestão, também tem sido desagradável por não dar qualquer informação concreta sobre o pagamento dos valores atrasados e sobre o futuro da instituição, que deverá ter nova empresa gestora em breve”, escreveu.
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O Sindicato Médico cobra uma data para a quitação dos valores devidos aos profissionais, assim como informações sobre o futuro da instituição, que estará sob nova administração a partir da próxima semana, quando se encerra o contrato entre o Estado e o Iahcs. O Instituto assumiu a gestão em 2020, após intervenção do governo do Estado para que o local continuasse a prestar serviços de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)
O dirigente do Iahcs, Sérgio Ruffini, disse que houve dificuldades com os pagamentos, mas a situação deve começar a ser resolvida. “Na semana passada, tivemos um encontro com o governo estadual e hoje vamos ter uma reunião com o Fundo Estadual de Saúde. Muita coisa vai depender dessa reunião, inclusive o valor que vamos receber para começar a quitar os salários atrasados e rescisão de alguns funcionários.”
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Conforme Ruffini, houve uma promessa por parte do Estado para antecipação do pagamento. “Eles prometeram repassar esses valores atrasados no próximo dia 2. No entanto, não ficou definido qual será o total. Isso será definido na reunião de hoje”, destacou. Caso se confirme a antecipação, o pagamento será referente ao mês de abril. “São dois meses e meio em atraso dos médicos. Alguns fornecedores ainda estão em atraso. Dos demais funcionários, está em dia”, frisou.
O orçamento inicial quando o Iahcs assumiu a gestão era de R$ 2,5 milhões. De acordo com o dirigente, agora o valor encontra-se em R$ 1,75 milhão. “O orçamento do hospital foi reduzido, e isso inviabilizou totalmente a previsão orçamentária. Vamos pagar algum valor dos salários na semana que vem, mas isso dependerá de quanto vamos receber dos repasses em atraso.” O montante total de salários atrasados e rescisão de funcionários gira em torno de R$ 4 milhões. “Não vamos deixar ninguém pendente. Esse é um compromisso nosso e vamos honrá-lo”, salientou Ruffini.
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