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Profissionais da saúde já recebem a vacina da gripe

A campanha de vacinação contra a gripe começou mais cedo para os trabalhadores da área da saúde. O objetivo é deixar esses profissionais imunizados para que tenham condições de atender a população. Integrantes dos demais grupos de risco, dentre os quais idosos, gestantes e crianças, começam a receber as doses a partir da próxima segunda-feira, quando inicia oficialmente a campanha de vacinação. 

Em Santa Cruz do Sul, os espaços que mais concentraram a presença dos profissionais da saúde em busca da imunização ontem foram o Centro Integrado de Saúde (CIS) da Unisc e o Centro Materno Infantil (Cemai). A estimativa é de que cerca de 5,8 mil façam parte desse grupo no município. No Cemai, até as 17 horas de ontem, 60 profissionais da saúde já haviam recebido a aplicação. 

Foi o caso da auxiliar de enfermagem Astrid Schneiders, 61 anos. Há 16 anos na área, ela procura se proteger sempre nos primeiros dias de campanha. “Acredito que nós, como profissionais da saúde, precisamos dar o exemplo”, disse. Conforme a colega que aplicou a vacina em Astrid, a técnica de enfermagem Lutiana Artmann, somente nesta primeira leva 300 doses estão à disposição no Cemai. “Mesmo quando a campanha é aberta para os outros públicos dificilmente acabam as nossas doses. Somos orientados a já encomendar mais remessas quando o estoque vai chegando ao fim”, explica.

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Campanha começa segunda

Em Santa Cruz, a abertura oficial da campanha acontece na Associação de Auxílio aos Necessitados (Asan), às 9 horas da próxima segunda-feira. De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, a enfermeira Raquel Emmel Lopes, é importante que os demais integrantes dos grupos prioritários não deixem para a última hora. “No ano passado, pelo menos quatro mortes já haviam ocorrido neste mesmo período no Estado. Isso fez com que as pessoas fossem atrás da vacina o quanto antes.” Ela destaca, entretanto, que não é porque não há registro de mortes que se deve deixar de procurar os postos. “Isso só comprova a eficácia da vacina”, diz.

Em 2017, a campanha contra a gripe ampliou a meta de 80% para 90% do público-alvo, em decorrência dos bons índices do ano passado. Marcado para 13 de maio, um sábado, o Dia D de Vacinação servirá para atender principalmente quem não consegue procurar pelo serviço durante a semana. Somente no município, 46,3 mil pessoas compõem o público-alvo.

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Rede privada

Disponível há mais de dez dias na rede privada, a vacinação contra a gripe custa entre R$ 100,00 e R$ 120,00 em clínicas particulares de Santa Cruz. O menor valor (R$ 100,00 por dose) se estende aos planos familiares acima de três pessoas.

Quem pode se vacinar

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Os professores das redes privada e pública foram incluídos no público-alvo da vacinação. Além deles poderão se imunizar a partir da próxima segunda-feira doentes crônicos, idosos (60 anos ou mais), pessoas privadas de liberdade e funcionários de presídios, gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), crianças de 6 meses até menores de 5 anos, indígenas e profissionais da saúde. 

Os doentes crônicos precisam levar prescrição médica, com o motivo da indicação. Já os professores devem ter em mãos documento que comprove a profissão. As doses estarão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde e Estratégias de Saúde da Família (ESFs), Cemai, Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas), Posto Central e Ambulatório do Idoso e Sindicato da Alimentação.

Estratégia

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Esta é a primeira vez que os trabalhadores da saúde têm direito de receber a vacina de forma antecipada no País. De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, a enfermeira Raquel Emmel Lopes, trata-se de uma estratégia do Ministério da Saúde com vistas a proteger os profissionais para que, posteriormente, tenham condições de atender a população. Além do Cemai e do CIS, as aplicações estão disponíveis nos próprios locais de serviço, como hospitais e unidades básicas de saúde.

Desinformação ainda assusta as pessoas

Responsáveis por aplicar as doses no Cemai, Astrid Schneiders e Lutiana Artmann observam que ainda é comum a desinformação acerca dos efeitos da vacina. Segundo elas, o grupo dos idosos é o que mais teme ficar doente após a aplicação. “As vacinas não contêm organismos vivos e não induzem doença”, ressalta Astrid. Raquel Emmel complementa que são poucos os eventos adversos causados pela vacina. Ela é contra-indicada apenas para pessoas com histórico de reação alérgica grave às proteínas do ovo, para quem já teve a síndrome de Guillain-Barré e para quem apresentou complicações em doses anteriores. 

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